Empregos em TIC crescem 300% no primeiro trimestre, diz estudo da Brasscom |
É o que mostra o relatório intitulado “Monitor de Empregos e Salários”, produzido pela Associação das empresas do segmento (Brasscom). O saldo já se aproxima do número de empregos gerados ao longo de 2020 no macrossetor, sendo amplamente comemorado por profissionais de TIC.
Variação positiva
O relatório da Brascom faz um acompanhamento mensal do mercado de trabalho e revela que houve uma variação positiva de 3,3% nos empregos gerados, com cerca de 1,6 milhão de pessoas ingressando no mercado.
O dado é extremamente significativo em comparação a outros setores da economia brasileira, que tiveram um tímido avanço de vagas ocupadas de 1,8%, principalmente em razão da crise imposta pela pandemia do novo coronavírus.
Boom online
O bom cenário é consequência do boom do mercado digital e de automação nas empresas por conta da necessidade de isolamento social e foco no home office. Muitas empresas começaram a investir em segurança online e também em e-commerces, aumentando a necessidade de profissionais de TI e de tecnologia da comunicação.
No entanto, a área de TIC já vem tendo bons resultados nos últimos anos ao comparada com outros segmentos da economia, gerando um número bem maior de vagas.
Apesar do bom cenário, o estudo aponta que as empresas de TIC ainda enfrentam um sério déficit. Para suprir a necessidade do setor, a Brasscom revela que deveriam ser contratados uma média de 70 mil profissionais por ano de 2019 a 2024.
Ausência de mão de obra qualificada
O que explica a demanda reprimida é justamente a falta de colaboradores capacitados, mesmo com os altos salários no segmento. Ao contrário da média salarial de R$ 1.945, os profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação têm um rendimento inicial de R$ 4.792.
Serviços de alto valor agregado e software chegam a pagar até três vezes mais, ou seja, a média nacional fica em torno de R$ 5.628.