PicPay contrata jovem que aprendia programação em celulares quebrados. |
Segundo a head de Pessoas & Cultura do PicPay, Mariana Damiati, Cezar possui as características que a empresa procura, como “vontade de transformar a vida das pessoas”.
“O Cezar está alinhado aos valores que buscamos em todos os profissionais do PicPay, como humildade para aprender, determinação, disciplina e, principalmente, a vontade de transformar a vida das pessoas. […] Ele vai nos ajudar a tornar a vida das pessoas mais fácil, agora como nosso colaborador”, explicou Damiati.
O rapaz de Caratupera (MA) pôde largar os celulares que usava para programar. Cezar recebeu doações de notebooks e R$ 81.603,00 via vaquinha para investir em sua educação, além de terminar a construção da casa de sua mãe, a dona Katia.
O rapaz, que um dia precisou comprar celulares quebrados para começar a programar, agora tem toda a estrutura necessária para crescer na área. Ele, inclusive, se mudou de Caratupera e foi para Belém (PA), pois a casa na qual morava com a mãe fica em uma zona rural com internet instável.
“Vim para [Belém] para ter uma estabilidade maior para trabalhar e estudar em casa. No interior, onde eu morava, há internet, mas é instável, além de ser uma área distante do centro da cidade, distante de bancos, hospitais… Sem perceber, realizei um sonho meu de criança, que é morar sozinho, além de trabalhar em algo que amo. Estou muito feliz nessa nova fase. O próximo sonho a realizar é o de ter a casa própria”, contou Cezar.
Cezar também ganhou cursos da Alura e da Blue Edtch para crescer profissionalmente na área de programação. A fundadora e CEO da Blue Tech, Daniela Lopes, ressaltou a importância de histórias inspiradoras como a do jovem.
“A ideia é que Cezar dedique de duas a quatro horas por dia ao curso, podendo conciliar aulas com o trabalho. O nosso objetivo é ajudar jovens que tenham o mesmo talento e força de vontade que Cezar a terem uma boa oportunidade no mercado de trabalho.”
A simples postagem de Cezar, que nem podia imaginar todo apoio que receberia, é um grande sinal de como podemos ajudar o próximo. Agora, o menino do interior do Maranhão não precisa mais apoiar seu mouse e teclado na gaveta de uma cômoda para programar.
“Eu não esperava receber nem R$ 150, nunca imaginei receber reconhecimento ou alcance. Eu compartilhei minha história primeiro entre os usuários de meus robôs, com a meta de R$ 300 pra consertar meu outro celular. Pedia para minha mãe tentar inteirar e ela me respondia: ‘tenho fé que tu vai conseguir muito mais que o suficiente. Espera sete dias pra ti ver’. E sete dias depois todo o ‘boom’ havia acontecido. A ficha demorou pra cair, parecia um sonho.”
Com toda a repercussão do caso, Cezar ganhou notebooks de internautas que se sensibilizaram com sua história. Para continuar a rede de solidariedade, o jovem passou a informar àqueles que entraram em contato que não precisava mais dos equipamentos e que deviam ajudar outras pessoas necessitadas.
“Os primeiros dias foram puxados, busquei ler e responder a todas as mensagens. Dentre elas haviam pessoal oferecendo notebooks usados. A partir do momento em que duas pessoas ofereceram, […] a maioria voltou atrás para poder ajudar outras pessoas. Agradeço muito a cada pessoa que ajudou de qualquer maneira, compartilhando, enviando mensagens positivas, se disponibilizando a ajudar, tudo isso está mudando a minha vida”, concluiu Cezar.
Muito obrigado aos 1.350 transformadores que apoiaram a vaquinha da VOAA e a todos aqueles que, de alguma forma, ajudaram a mudar a vida do Cezar!