segunda-feira, 30 de março de 2020

Setor de TI terá de mudar drasticamente nos próximos cinco anos

Setor de TI terá de mudar drasticamente nos próximos cinco anos
Setor de TI terá de mudar drasticamente nos próximos cinco anos
Para sobreviver às drásticas mudanças, ainda desconhecidas, que o surto do coronavírus trará às empresas, o setor de TI precisará mudar para ser relevante no ambiente de negócios, segundo levantamento do Hackett Group.

O relatório “CIO Agenda” da empresa norte-americana especializada em estratégias de negócios, mostra que as organizações deverão usar estrategicamente a TI para agregar valor aos seus negócios e a tecnologia permitirá que elas fomentem o mercado, superem concorrentes e melhorem satisfação do cliente.

Cabe ao CIO a responsabilidade de preparar as organizações para essa mudança, de acordo com o relatório. O setor gerará mais valor às empresas, entretanto é essencial a liderança do CIO para acompanhar o mercado, otimizar a experiência do cliente e permitir tomadas de decisão ágeis.

Segundo Rick Pastore, Diretor Sênior do The Hackett Group, o antigo modelo operacional de uma TI centralizada no planejamento e na execução fica muito distante do cliente, se tornando um processo lento e ineficaz. Pastore diz que a maior barreira à TI é sua incapacidade de controlar a demanda dos projetos de tecnologia, sendo assim, a “TI precisa obrigar os líderes de negócios a tomar a decisão do que entrar no pipeline e a fazer concessões e priorizar o trabalho como base apenas objetivos estratégicos”. Segundo o relatório, a função de TI deve deixar de ser de provedor de serviços para se tornar ponto estratégico nos negócios.

As empresas com operações de TI de alto nível apresentam melhor desempenho em RH, compras, finanças e resultados, segundo o relatório. Em um novo formato, os desenvolvedores se juntam às equipes multifuncionais dedicadas a clientes e produtos, diz o diretor.

O documento orienta que as organizações redefinam seus modelos operacionais de TI em um modelo centrado no produto, em um modelo de serviço de negócios e um modelo que intermedia, integra e orquestra a operação. Sempre centrado no cliente e cercado por ações ágeis, orientadas às melhores práticas de dados e práticas digitais.

O relatório também recomenda os componentes principais para estar na base de todos os modelos, incluindo tecnologia, design de serviços, análise e gerenciamento de informações, organização e governança, parceria de serviços e capital humano.

Organizações ágeis

Essas organizações ágeis atuam com menor custo operacional (- 26%), uma margem líquida maior (30%), e lucro 49% maior, antes dos níveis de juros, impostos, depreciação e amortização, segundo o relatório, que também descreve as ações que as tornam organizações ágeis:

Cultura ágil com o cliente em primeiro lugar, quatro vezes mais chances de ter stakeholders de negócios que percebem a TI como um parceiro valioso;
Organização orientada a valor, 32% menos equivalentes em tempo integral de TI a um custo 21% menor;
Fortalecimento da segurança dos dados, 100% das organizações líderes veem a cibersegurança como uma competência empresarial multifuncional;
Gerenciamento de talentos, 20% menor turnover;
Modelo de implantação de plataforma digital, 28% mais transações sem intervenção humana, 54% mais processos por meio de recursos de autoatendimento.
Para as empresas alcançarem esse patamar, precisam primeiramente avaliar o que já possuem e então projetar o futuro com um plano de práticas ágeis.

Desafios

Para isso, elas precisam enfrentar ainda alguns desafios, segundo o estudo:

Cultura herdada, a qual apresenta maior rigidez e resistência à mudança;
Ameaças à cibersegurança, com aumento de volume, gravidade e complexidades dos ataques, sobretudo com o aumento de dados em aplicativos na nuvem, e ainda um tempo de resposta reduzido;
Infraestrutura e grandes volumes de aplicativos com estratégias de fornecimento e gerenciamento de ativos limitadas ou inflexíveis;
Falta de estratégia para atender alta demanda;
Habilidades desatualizadas;
Ausência de transparência de custos e muito tempo e dinheiro investidos em "manter as luzes acesas";
Falta de uma mentalidade de transformação e pouco suporte para laboratórios e centros de inovação.




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