quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Saiba como se tornar um Data Protection Officer, nova profissão em alta no Brasil

Saiba como se tornar um Data Protection Officer, nova profissão em alta no Brasil
Saiba como se tornar um Data Protection Officer, nova profissão em alta no Brasil
Profissional é uma das exigência da Lei Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor em agosto de 2020; salário médio deve chegar a R$ 20 mil.

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sancionada em agosto do ano passado, tem como principal objetivo estabelecer regras de coleta e tratamento de informações pessoais de clientes e usuários por parte de empresas públicas e privadas no Brasil. Com a norma, que entra em vigor em agosto de 2020, muitas empresas também precisarão de um novo profissional: o Data Protection Officer (DPO).

A figura do encarregado de dados também é um dos aspectos presentes no Regulamento Geral de Proteção de Dados (General Data Protection Regulation – GDPR), apresentado ao Parlamento Europeu em 2016. 

Segundo Vanessa Lerner, especialista em LGPD do Dias Carneiro Advogados, o DPO tem a função de ser o canal de comunicação entre a empresa, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão federal regulador, e o titular dos dados. “Ele deve esclarecer as políticas da empresa e as decisões tomadas em relação à proteção de dados e instruir a organização de como garantir o cumprimento da Lei", afirma Vanessa.

A consultoria especializada em recrutamento e seleção Michael Page estima que a procura pelo profissional deva crescer 70% até fevereiro de 2020. Em agosto, quando a lei entra em vigor, a procura deve aumentar para 80%. De acordo com a consultoria, a demanda é especialmente para as empresas que detêm e tratam grandes volumes de dados, como bancos, empresas de serviços financeiros, digital e e-commerce.

O perfil do DPO

Luana Castro, gerente da área de TI da Michael Page, conta que há um perfil já detalhado pelas empresas na hora de contratar esse executivo. “Geralmente já é alguém que vem da área de segurança da informação e que tem muito domínio em informação de dados”, diz. O profissional também precisa ter domínio de conhecimentos interdisciplinares, como governança de tecnologia, cyber security e, claro, da nova legislação.

Mesmo com nova profissão em alta no Brasil, o cargo de DPO ainda está em processo de maturação, segundo a gerente. Por conta do nível de experiência e a bagagem de conhecimento necessária para a função, o salário do Data Protection Officer (DPO) pode ficar em torno de R$ 20 mil.

Empresas já contam com DPO

Em algumas empresas, a corrida pela contratação destes profissionais já começou. No ano passado, a Marketdata, a empresa de marketing orientado a dados do Grupo WPP, contratou o especialista Claudinei Vieira como DPO.

Formado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) com MBA em Tecnologia e Inovação, Claudinei tem o desafio de desenhar o plano de adequação da empresa à Lei Geral de Proteção de Dados. “Se há algum vazamento de dados ou o uso de informações pessoais sem base legal, é o DPO quem deve responder sobre isso na empresa”, afirma o executivo.

Andrea Mattos integra a recém-criada área de compliance da Vivo desde agosto de 2019. Mas sua trajetória na empresa começou em 2002, na área jurídica da Telefônica Brasil. Agora, como Diretora de Compliance e DPO, Mattos atua em um projeto multidisciplinar preparatório na companhia, como parte do processo de adequação à LGPD.

Para Breno Oliveira, Vice-Presidente Jurídico da Vivo, a contratação de um DPO se tornou essencial para orientar a empresa sobre as melhores práticas em relação à proteção de dados e privacidade.  “É um profissional que se baseará não apenas no cumprimento de questões jurídicas, mas também nas melhores práticas do mercado nacional e internacional”.





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