Relatório revela que crime cibernético gera prejuízo global de US$ 600 bilhões |
A pesquisa, realizada pela McAfee em parceria com a Center for Strategic and International Studies (CSIS), analisou o aumento da forma em que os cibercriminosos adotam novas tecnologias para os ataques nos últimos três anos, além de estudar a facilidade da entrada ao crime cibernético.
Para Steve Grobman, CTO da McAfee, "o mundo digital transformou praticamente todos os aspectos de nossas vidas, influenciando até mesmo o crime e os riscos". O executivo comenta ainda que o crime está "mais eficiente, menos arriscado, mais lucrativo e mais fácil de praticar do que nunca".
Grobman cita o ransomware, afirmando que os criminosos podem terceirizar grande parte do trabalho a prestadores de serviço especializados. "Os provedores de nuvens de 'ransomware-como-serviço' adaptam os ataques para atingir milhões de sistemas. Esses ataques são automatizados e requerem o mínimo de intervenção humana. Para agravar o problema, as criptomoedas facilitam e aceleram a obtenção de lucros, além de minimizar o risco de prisão. Infelizmente, a cifra de US$ 600 bilhões associada ao crime cibernético reflete como os avanços tecnológicos transformaram a economia do crime de forma tão profunda como todas as outras partes da nossa economia", conta Grobman.
Ainda de acordo com o estudo, os bancos seguem como o principal alvo dos cibercrimes, e os estados-nação em conflitos internacionais são as fontes mais perigosas. O relatório cita a Rússia, Coreia do Norte e Irã como os países que mais efetuam ciberataques em instituições financeiras, e a China como o país com mais espionagem cibernética.
James Lewis, vice-presidente sênior da CSIS, conta que a Rússia é o país líder em crimes cibernéticos, e que a Coreia do Norte, Brasil, Índia e Vietnã estão com a tendência em crescimento.
Foram analisados crimes cibernéticos na América do Norte, Europa, Ásia Central e Oriental, Pacífico, América Latina, Caribe, África Subsaariana, Oriente Médio e Norte da África. Os resultados mostram mais prejuízos em países ricos, porém os valores mais altos foram encontrados em nações de nível econômico intermediário.