sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Mineração do bitcoin pode consumir toda energia do mundo até 2020

Mineração do bitcoin pode consumir toda energia do mundo até 2020
Mineração do bitcoin pode consumir toda energia do mundo até 2020
O bitcoin e outras moedas digitais têm ganhando os noticiários nos últimos anos, seja pela sua alta que chegou a mais de 1.400%, ou, mais recentemente, pela queda para mais metade do valor. Mas essa volatilidade não é a única preocupação de especialistas.

Paralelamente ao cenário de incerteza financeira, outros temas que cercam as criptomoedas são a segurança dos dados, além da infraestrutura necessária para manutenção da operação virtual. Segundo o sócio-fundador da Adamos Tecnologia, Roberto Stern, a atenção também precisa se voltar para o consumo excessivo de energia utilizada para minerar as moedas digitais.

O executivo alerta que, se todas as máquinas ligadas ao “blockchain” do bitcoin fossem um país, esta nação fictícia ocuparia o 61º lugar em consumo de energia elétrica no mundo. "É descomunal e uma estupidez despender tanta energia para processar uma simples transação", critica Stern, que atua há mais de 21 anos no mercado de TI.

De acordo com o executivo, toda a mineração de bitcoin no mundo consome um total de 29,05 TWh (Terawatt-hora) de eletricidade anualmente, o que equivale a 29 bilhões de kwh (quilowatt/hora). Por isso, minerar já gasta mais energia do que a consumida em países como Irlanda, Croácia, Uruguai e Equador. Na África, apenas três países consomem mais: África do Sul e Argélia.

Na lista, o Brasil aparece ocupando a oitava posição no ranking dos países que mais gastam energia no mundo. "Caso a taxa se mantenha nesse nível, a expectativa é de que até o início de 2019, as criptomoedas estejam utilizando a energia equivalente ao nível de consumo da Inglaterra. Em 2020, se não houver algum de tipo de regulamentação, toda a energia mundial existente poderá ser esgotada no processo de produção das moedas virtuais", alerta.

Bolha

O especialista afirma ainda que, se a mineração de Bitcoins superar a fase “bolha”, evoluir e se estabelecer como uma operação economicamente viável, os desenvolvedores do bitcoin terão de encontrar outra forma de validar as transações, pois o método de força bruta baseada no “Proof of Work” (PoW -prova de trabalho) é totalmente ineficiente do ponto de vista energético.

Para Stern, cada transação exige diversos “mineradoes” que concorrem para ver quem acerta antes um cáculo matemático complexo, gerando trilhões de tentativas e e erros, até que se obtenha a prova de trabalho válida. Nete formato, portanto, seria insustentável.




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