PF tenta 810 bilhões de ataques de força bruta mas não quebra senha de arquivos. |
Após 810 bilhões de tentativas frustradas, a Polícia Federal encerrou relatório sem conseguir acessar arquivos dos operadores Jorge e Bruno Luz, que confessaram pagamento de R$ 11,5 milhões em propinas a peemedebistas oriundos de contratos da Petrobrás. A perícia sobre os documentos, que foram entregues pela própria defesa dos empresários, se encerrou após oito dias ininterruptos de testes com o fim de descriptografar arquivos referentes às offshores usadas por eles para o intermédio de vantagens indevidas.
A defesa de Luz entregou ao juiz Sérgio Moro dois arquivos criptografados com os nomes ‘CT Pentag ram vs Cap Dupell – Schahin.pdf.pgp’ e ‘CT Pentag ram vs Casablanca – Schahin (com carta de aceite).pdf.pgp’, e admitiu que não conseguia abrir em razão da senha que os protegia. Os defensores pediram perícia sobre os documentos.
Moro ponderou que ‘o conteúdo dos arquivos, dois contratos entre off-shores da Schahin com off-shore de Jorge e Bruno Luz, não parece fundamental para o julgamento, uma vez que os envolvidos confessaram, em princípio, os fatos’, mas , mesmo assim encaminhou ‘a mídia à Polícia Federal solicitando que seja verificada a possibilidade de acessar os arquivos e devolvê-los sem criptografia até 14/08’.
Em relatório ao magistrado, o perito criminal Henrique Bogo comunicou que os arquivos do operador ‘foram processados no cluster de alto desempenho disponível neste SETEC/PR’ , que é capaz de efetuar ‘grande quantidade de cálculos matemáticos e possibilita, com a utilização de aplicativos específicos, a realização de ataques criptográficos ou por força bruta em arquivos cifrados’.
“Foram realizados ataques de força bruta e com dicionários disponíveis no aplicativo de quebra de senhas. Estes ataques foram realizados por cerca de 8 dias, totalizando cerca de 810.000.000.000 (oitocentos e dez bilhões) de combinações distribuídas entre todos os arquivos, porém sem sucesso”, concluiu. - Com informações do Estadão.