quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Cientista de Dados é a profissão que tem tudo para ser a melhor aposta para 2018.

Cientista de Dados é a profissão que tem tudo para ser a melhor aposta para 2018.
Cientista de Dados é a profissão que tem tudo para ser a melhor aposta para 2018.
Quando começou a se interessar pela profissão de cientista de dados, Paulo Vasconcellos não encontrava muito conteúdo online em português sobre o assunto. Foi assim que teve a ideia de, uma vez consolidado na profissão, criar um blog e produzir o tipo de informação que tanto buscou. Em seu perfil na plataforma de hospedagem de textos Medium, ensina “do básico ao avançado sobre Ciência de Dados e Machine Learning para aqueles que querem se especializar nessa área em crescente demanda”. 

A demanda é crescente à medida que são criadas cada vez mais posições para esses profissionais no mercado. Estatísticas de 2015 da empresa RJ Metrics mostram que 52% dos cientistas de dados no mundo receberam esse título nos quatro anos que antecederam o levantamento. Em janeiro, um dos maiores sites de emprego do mundo, o Glassdoor colocou a profissão de cientista de dados em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo com o melhor emprego no país.

No Brasil, segundo o Guia Salarial 2017 da consultoria Robert Half, enquanto a crise econômica enxuga a remuneração de muitas áreas, entre 2016 e 2017 o salário de cientista de dados cresceu 8,1%, podendo variar entre R$ 12 mil e R$ 28 mil. As possibilidades de atuação estão nos mais diversos setores, como finanças, educação, saúde, agricultura, geologia e indústria. Basicamente, qualquer empresa que gere dados pode contratar um profissional para analisá-los e tomar decisões com base em informação, não intuição.

Foco em matemática e computação

“O Brasil está entre os grandes produtores e consumidores de informação e, de uma maneira geral, tem iniciativas nessa área pipocando no mundo todo”, afirma o professor do mestrado em Modelagem Matemática da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV EMAp) Renato Souza. Antes mesmo do artigo da Harvard Business Review que coroava a profissão como “o trabalho mais sexy do século 21”, o curso da FGV estava capacitando seus primeiros especialistas na área, composta pela confluência de três competências: matemático, computação e habilidade de análise para mesclar as duas coisas. 

“Essa matemática é basicamente composta por probabilidade e estatística, álgebra linear e otimização de sistemas. Na área da computação existe uma grande contribuição da área de visualização de informações, bancos de dados, sistemas distribuídos e computação científica”, explica o professor, destacando a importância da base matemática para quem tem interesse em ingressar na profissão em ascensão.

Os avanços tecnológicos que criaram equipamentos largamente utilizados atualmente possibilitam a coleta, acúmulo e análise de dados em dimensões que não existiam há uma década. “A teoria da área evoluiu, mas a disponibilidade de plataformas também permitiu que essa área crescesse como cresceu”, aponta. 

Formação à distância

Outro exemplo de capacitação acadêmica disponível para quem quer entrar na área, nos níveis de mestrado e doutorado, é o Programa Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC USP). A maior parte de cursos, porém, é de educação a distância - em que profissionais que estão no mercado, como Paulo Vasconcellos e Bernardo Aflalo, começaram. 

Cientista de dados na TOTVS, Aflalo decidiu abandonar a profissão de engenheiro mecânico quando, trabalhando na Embraer, percebeu o impacto de modelos preditivos. Depois de muitos cursos online, hoje ele atua desenvolvendo tecnologias de inteligência artificial na empresa e faz doutorado na área no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). 

“Existem muitos cursos, com os melhores profissionais do mundo, muito didáticos, em plataformas online. Uma dica para quem quiser começar nesse tipo de profissão é ir por aí e só depois ir para mestrado, doutorado ou MBA”. Há, inclusive, muitos cursos gratuitos em níveis iniciais que são ideais para quem quer explorar a ciência de dados. 

Algumas plataformas com várias opções de cursos online na área são o MOOC, a Udacity e o Coursera. 





> Comunidade Brasileira de Sistemas de Informação
> Fundada em 13 de Outubro de 2011
> E-mail: comunidadebsi@gmail.com
Local: Manaus, Amazonas, Brasil.

‍



Geeks Online: