terça-feira, 4 de julho de 2017

Mineiros criam software que agiliza ações judiciais.

Mineiros criam software que agiliza ações judiciais.
Mineiros criam software que agiliza ações judiciais.
Imagine uma sala com mais de 300 mil pastas? E em cada uma delas documentos e informações referentes a uma ação judicial? Esse é o volume de processos recebidos por muitas empresas, que têm de lidar com o desafio de espaço e pessoal suficiente para cuidar de cada um deles. Pensando nisso, mineiros desenvolveram um software de automação capaz de buscar a movimentação de processos antigos, inserir dados em sistemas jurídicos, além de informações sobre as ações ativas e já encerradas.

De acordo com o diretor da empresa responsável pelo projeto, Marco Flávio Neves, a ferramenta surgiu em decorrência do aumento significativo da judicialização nas empresas, junto com a necessidade de resultados positivos e redução de custos com os processos. “Na medida em que se aumenta a massa de processos, fica cada vez mais inviável ter uma informação gerencial e operacional acurada e segura, pois é impossível manter atualizada uma quantidade de 20, 50 ou 300 mil processos”, explicou.

O especialista contou que, caso as carteiras de volumes continuassem a ser geridas como eram, os custos se tornariam inviáveis. “Como regra geral, sempre que houver um volume muito grande de operações a serem realizadas, o custo da ferramenta será sempre mais interessante, trazendo um resultado qualitativo superior e geralmente em um prazo menor”, comentou. O trabalho realizado pelo E-robô demandaria pelo menos 16 mil funcionários, conforme Neves.

O judiciário no Brasil

Com mais de um milhão de advogados, o Brasil é um dos países com o maior número de profissionais por habitante. E nesse contexto, as ações ajuizadas contra as empresas é cada vez maior e tende a continuar aumentando quase que exponencialmente, segundo o dirigente. “O próprio Poder Judiciário também é beneficiado com a informatização da carteira de volume dos departamentos jurídicos. A utilização de robôs para o monitoramento de novas ações, por exemplo, faz com que as companhias procurem os autores para uma composição amigável antes mesmo de sua citação, evitando-se o uso da máquina forense em ações judiciais intermináveis”, destacou.

Esse processo resulta também em economia para os cofres públicos. Com menos ações, o Poder Judiciário teria mais tempo para resolver outras questões que afetam a população, como julgamento de crimes, ações trabalhistas e da vara da família. “Já existem medidas para diminuir o número de processos existentes, sendo a principal a aceleração do processo judicial eletrônico”.

A empresa, juntamente com um escritório de advocacia de Belo Horizonte, implantou o software para uma das maiores redes varejistas do país. Entre os objetivos, estava auditar a carteira de processos cíveis em busca de ações encerradas. “Os e-robôs buscaram informações nos tribunais onde a varejista tinha ações cíveis ativas e, com base em uma série de premissas criadas pela equipe jurídica, indicaram as ações encerradas, tempo do encerramento e informações secundárias importantes das ações ativas, como as que já tinham acordos homologados”, finalizou. No final da operação, o número de processos em aberto caiu 10% e verificou-se ainda que quase 7% deles já tinham acordo homologado. [ Fonte: Metro ]




> Comunidade Brasileira de Sistemas de Informação
> Fundada em 13 de Outubro de 2011
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