Jogos Digitais: setor ignora crise, registra mercado de trabalho em expansão. |
O que, em princípio, era uma brincadeira de criança, com o avanço tecnológico e as mudanças de conteúdo, caiu no gosto também dos marmanjos. Resultado: o Brasil é o quarto país do mundo em número de praticantes de videojogos, atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e China.
Estimativas apontam que o mercado de games registrou um faturamento global de US$ 99,6 bilhões em 2016, atingindo, assim, números que superam os segmentos de cinema e música juntos! No Brasil, 600% foi o aumento do número de empresas desenvolvedoras de games nos últimos oito anos; 25% foi o crescimento do faturamento do setor entre 2014 e 2016; 61 milhões é o número de usuários; e US$ 1,6 bilhão foi o faturamento das empresas de jogos eletrônicos no Brasil somente no ano passado.
Com números tão significativos, passou-se a exigir das pessoas que atuam no setor uma maior profissionalização. Um dos fatores que mais contribuiu para isso foi o crescimento do mercado de e-sports, ou esportes eletrônicos – torneios competitivos de videojogos com alcance mundial. “A indústria dos videojogos acompanha passo a passo o que há de mais inovador em tecnologia, criando produtos com gráficos melhores, maior interação entre os competidores e vislumbrando, agora, a utilização de realidade virtual com o objetivo de oferecer uma experiência ainda mais realista aos praticantes”, revela o Professor de Sistemas de Informação e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Carlos Felisbino.
Diante deste cenário, surgiram os Cursos Superiores de Tecnologia em Jogos Digitais que, entre outras atividades, capacita o aluno a elaborar estratégias, criar personagens e cenários de games, desenvolver roteiros e modelagem de personagens virtuais. “O mercado é bastante amplo, está em franca expansão e oferece salários atrativos. Fazem parte do escopo de trabalho destes profissionais o desenvolvimento de projetos relacionados à área de hipermídia e interfaces digitais, além de animação, áudio, programação ou design para o mercado de produção de jogos eletrônicos, entre outras atividades”, explica Felisbino, que é Coordenador Acadêmico dos Cursos de Sistemas de Informação e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da UMC Universidade, Campus Villa-Lobos/Lapa, São Paulo.
De acordo com o Professor, trabalhar com ferramentas e plataformas para criação de jogos, bem como em canais de comunicação via web, produtoras de websites, agências de publicidade e veículos de comunicação estão entre os setores onde se pode atuar. “A criação do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais faz parte do projeto de expansão da UMC, que prevê a ampliação do número de vagas para acesso ao ensino universitário. Procuramos acompanhar as tendências e atender a demanda, essas são preocupações constantes da instituição, pensando sempre em opções que contemplem as necessidades do mercado de trabalho com alto índice de empregabilidade”, finaliza.