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| Alemanha alerta sobre possível grande ciberataque da Rússia durante eleições. |
A Rússia provavelmente vazará informações do governo da Alemanha que foram hackeadas, em uma tentativa de influenciar as eleições gerais no país, segundo autoridades alemãs do setor de segurança cibernética, que apontaram várias tentativas por parte dos russos de roubar documentos confidenciais nos últimos meses.
Os crackers ligados à Rússia, bem como à China e ao Irã, têm como objetivo roubar informações do Ministério de Relações Exteriores da Alemanha e de suas missões diplomáticas, bem como os ministérios das Finanças e da Economia. Outros objetivos incluíram a chancelaria e as Forças Armadas, de acordo com um relatório anual da agência de inteligência nacional do país.
Os crackers suspeitos acessaram informações confidenciais dos legisladores em um ataque sofisticado em 2015, que deixou fora do ar a rede de informações do Parlamento por dias. A comunicação roubada desse ataque poderia ser utilizada para tentar mudar o curso das eleições, marcadas para 24 de setembro, quando a chanceler Angela Merkel busca um quarto mandato. A informação foi dada pelos chefes do Ministério do Interior e do Serviço de Inteligência Nacional da Alemanha.
Autoridades do Ocidente repetidamente apontaram o dedo para a Rússia desde sua intervenção no leste da Ucrânia até uma suposta interferência nas eleições presidenciais americanas do ano passado. A Rússia também foi acusada de ter efetuado ataques na França durante as eleições presidenciais neste ano. O governo russo negou as alegações.
Merkel irá se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, em Hamburgo, nesta semana, durante a cúpula de líderes do G-20. "Testemunhamos esforços para interferir nas eleições nos EUA e na França. Temos todos os motivos para acreditar que isso se originou na Rússia", disse o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière. "Portanto não podemos excluir e devemos nos preparar para tentativas semelhantes em relação às eleições no nosso país", comentou.
