Manaus quer se tornar o novo ‘Vale do Silício’ no Brasil. |
Manaus poderá se tornar um novo “Vale do Silício”, graças a um projeto de grande magnitude que deve atrair um conjunto de empresas para gerar inovações científicas com tecnologias voltadas para as áreas de informação, computação, eletrônica e informática.
O estudo sobre a criação do “macroambiente” já tem dois anos e deve levar até quatro para a sua implantação, que deve dar uma nova opção econômica para o Estado.
Conforme o diretor do programa prioritário Startups e Embrapii do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), Clemilton Gomes, a expectativa, porém, é de que esse ambiente fique “forte”, de fato, em um período de até dez anos. “A vida de uma startup (empresa em fase inicial) alcança a consolidação entre sete e oito anos. O próprio Facebook levou oito anos para conseguir uma consolidação”, destaca Clemilton.
O diretor de Projetos e Desenvolvimento de Negócios do INDT, Roberto Garcia, afirma que o Amazonas tem várias iniciativas de sucesso de projetos que geraram empregos e novas competências locais, mas com pouca chance de se tornar efetivamente um negócio. “Temos uma expectativa de começar um novo ‘Vale do Silício’ no Amazonas com uma quantidade bastante interessante de novas startups tecnológicas”, afirma o diretor.
“Piloto”
Garcia explica que o que está fazendo com a FPF Tech (Fundação Paulo Feitoza) e o INDT é um projeto piloto de uma iniciativa que depois pode se desdobrar para o Brasil.
Para ele, há análises em fase de discussão se desenhando efetivamente para garantir toda a base de sustentação de um modelo de geração de um novo negócio a partir do empreendedorismo. A criação do “macroambiente”, por exemplo, segundo Garcia, já está bastante atrasada no Estado do Amazonas.
Alternativa
De acordo com Garcia, hoje é discutido nos meios empresariais qual seria o plano B para o Amazonas, uma vez que os negócios tradicionais que sempre geraram emprego e renda local estão se esgotando. Garcia deu como exemplo a crise nos polos de duas rodas e de eletroeletrônicos e toda a cadeia de fornecedores que acaba fechando.
“À medida que você começa a criar novas oportunidades de negócios na área tecnológica, o Amazonas ganha uma oportunidade grande de diminuir a dependência dos negócios tradicionais e caminhar para uma área que tem alto valor agregado, não apenas nos termos de geração de riquezas, mas de geração de competências locais”, avalia Garcia.
Segundo o diretor, o Amazonas tem potencial grande, mas o que não existe ainda é um macroambiente tecnológico que permita às startups e incubadoras obterem sucesso.
Fonte: Em Tempo.