Tecnologia é a carreira com menor nível de estresse, aposta estudo. |
Exame - Tecnologia é a carreira com menor nível de estresse, seguida pela área financeiro-administrativa e por marketing/criação. É o que indica uma recente pesquisa da consultoria Robert Half sobre felicidade no trabalho. O Brasil não foi um dos países pesquisados.
O levantamento ouviu 23 mil profissionais de oito países — Austrália, Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos. Confira a seguir:
Ranking de menor estresse
1º Tecnologia
2º Financeiro-administrativo
3º Marketing e setor criativo
4º Contabilidade
5º Administrativo
6º Serviços financeiros
7º Jurídico
Na visão de Saulo Ferreira, gerente de divisão da Robert Half, os profissionais de tecnologia são os menos estressados porque frequentemente contam com a possibilidade de fazer home office e trabalhar em horários alternativos.
“A flexibilidade torna o dia a dia mais relaxado”, afirma ele. Isso vale tanto para TI, que conquistou o 1º lugar no ranking, quanto para marketing e carreiras criativas, que ficaram na 3ª posição.
Para Ferreira, a área financeiro-administrativa ficou em 2º lugar porque envolve atividades transacionais e operacionais, de natureza mais rotineira. Longe das decisões estratégicas, o trabalho do departamento costuma ser mais previsível e tranquilo, já que se concentra quase sempre na aplicação de processos já estruturados.
No entanto, a mesma carreira ficou em 6º lugar no ranking de interesse no trabalho. Conclusão: baixo estresse nem sempre está associado à sensação de entusiasmo pelo que se faz. Confira o ranking a seguir:
Ranking de maior interesse no trabalho
1º Marketing e setor criativo
2º Jurídico
3º Tecnologia
4º Administrativo
5º Serviços financeiros
6º Financeiro-administrativo
7º Contabilidade
O que traz felicidade?
O estudo da Robert Half aponta que a conquista da felicidade profissional não se resume a baixos níveis de estresse ou alto grau de interesse na atividade desempenhada. A equação é bem mais complexa.
Na média global, a variável mais importante para essa conta é o orgulho que o indivíduo sente da organização onde trabalha.
“Hoje as pessoas querem fazer parte de causas e levantar bandeiras”, explica Ferreira. “Elas também querem que seus empregadores tenham um impacto positivo para o mundo, que possam falar de seus empregos com orgulho para amigos e familiares”.
Vale ressaltar que, analisadas apenas as respostas de profissionais do sexo feminino, o fator mais relevante para a felicidade não é o orgulho do empregador, mas sim um ambiente que preze por igualdade e respeito — possivelmente um aceno para o fato de que a busca por oportunidades iguais entre homens e mulheres ainda tem muito a avançar.
O relatório da Robert Half ainda traz outras pistas sobre o que traz felicidade no trabalho. Os profissionais mais satisfeitos têm entre 18 e 34 anos de idade e atuam em organizações com menos de 10 funcionários. Além disso, trabalham há menos de um ano ou têm entre 6 e 10 anos de experiência profissional.
O campo de atuação mais feliz é marketing/criação, como se pode ver na tabela a seguir:
Ranking de felicidade
1º Marketing e setor criativo
2º Tecnologia
3º Administrativo
4º Jurídico
5º Contabilidade
6º Financeiro-administrativo
7º Serviços financeiros
De forma geral, os entrevistados pelo estudo indicaram que estão felizes em suas carreiras: em uma escala de 0-100, a pontuação média para a satisfação foi de 70. Isso é uma ótima notícia para as empresas que os têm como funcionários.
Segundo Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half no Brasil, os resultados de uma companhia estão diretamente ligados à motivação dos seus profissionais. “Engajamento e satisfação do colaborador devem ser pontos focais para que as empresas se mantenham competitivas atualmente”, diz ele.