domingo, 26 de março de 2017

Recrutador da Uber diz que "sexismo é sistemático na TI" a engenheira de software do Linkedin.

Recrutador da Uber diz que "sexismo é sistemático na TI" a engenheira de software do Linkedin.
Recrutador da Uber diz que "sexismo é sistemático na TI" a engenheira de software do Linkedin.
The Guardian - Um recrutador da Uber afirmou a uma engenheira de software norte-americana que pretendia contratar que o “sexismo é sistemático na tecnologia” após a profissional ter recusado a proposta de emprego devido às “questionáveis práticas de negócio e o sexismo” da empresa, segundo reportagem publicada pelo jornal “The Guardian” na sexta-feira (24/03/17).

O caso ocorreu em 14 de março, segundo afirmou ao jornal a engenheira de software Kamilah Taylor, de 30 anos, que trabalha na rede social de contatos profissionais LinkedIn e mora na Califórnia, nos Estados Unidos. Ela conta que o recrutador da Uber a abordou pelo sistema de mensagens do LinkedIn para uma vaga no time de desenvolvimento do serviço para Android e iOS. Kamilah é coautora de "Women In Tech", um livro que narra a história de mulheres que mudaram a cara da tecnologia, com o objetivo de ir "contra o preconceito social inconsciente de que mulheres não se encaixam bem na tecnologia".

Mensagens divulgadas por Kamilah na quarta-feira (22) em sua conta de Twitter mostram como ela rechaçou a abordagem. “Obrigado por chegar até mim, mas, à luz das questionáveis práticas de negócio e do sexismo da Uber, eu não tenho interesse em me juntar à Uber. Você deveria perceber que esse é um momento terrível para a Uber tentar recrutar uma mulher – Eu certamente não conheço qualquer uma que esteja interessada.”

E como o recrutador da Uber respondeu: “Oi, Kamilah. Obrigado pelo seu retorno. Eu entendo sua preocupação. Só queria dizer que o sexismo é sistemático na tecnologia e em outras indústrias. Eu conheci algumas das pessoas mais surpreendentes aqui”.

“Eu realmente fiquei chocada”, afirmou Kamilah ao jornal. Ela não revelou o nome do profissional da companhia de transporte alternativo. A Uber afirmou à publicação que a conduta de um de seus profissionais não é chancelada pela empresa e que analisa o caso. “Nós estamos investigando, mas essa mensagem não foi sancionada pelo departamento de recrutamento da Uber.”

A Uber enfrenta uma série de polêmicas. Em fevereiro deste ano, Susan Fowler, uma ex-engenheira, foi a público para acusar a empresa de perpetuar um ambiente de constante assédio sexual e discriminação contra mulheres. Ela afirmou ainda que um gerente acobertou as denúncias por serem feitas contra um profissional de alta performance e ainda ameaçou demiti-la.




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