Analista de sistemas cria robô para diminuir mortes por 'falência múltipla de órgãos'. |
A perda de sua filha recém-nascida para a ‘septicemia’, ou ‘falência múltipla de órgãos’, fez com que o analista de sistemas Jacson Fressato deixasse o emprego e se dedicasse integralmente a criar um robô, com o mesmo nome da menina, Laura, que ajudasse a impedir que outros pacientes tivessem a mesma doença que ela. Neste mês de fevereiro, ele vem a Cuiabá para fazer uma palestra gratuita sobre o tema para profissionais da área da saúde, hospitais filantrópicos e particulares, mostrando que é possível combater as mortes por sepse.
A palestra acontece no dia sete de fevereiro, terça-feira, no auditório do Hospital de Câncer de Cuiabá, e tem vagas limitadas. O robô ‘Laura’ foi desenvolvido após nove meses de trabalho voluntário de Jackson no hospital em que a filha faleceu, enquanto ele procurava um culpado por sua morte.
Assim, o analista criou um sistema capaz de diagnosticar a sepse por meio de tecnologia cognitiva. Ou seja, “o software tem a capacidade de aprender analisando, entendendo e até conversando com áreas operacionais de todos os hospitais”. Ao receber os dados de pacientes antigos e o protocolo de diagnóstico da síndrome, o robô é capaz de alertar a equipe médica que, logo, começa o tratamento antes que a doença se agrave.
Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a sepse é o responsável por 25% da ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil, além de uma das principais causas de morte nas UTIs. A taxa de mortalidade da infecção é de 65% dos casos no Brasil, enquanto em todo o mundo o nível máximo é de 40%.
A doença atinge, hoje, 2,5 milhões de brasileiros por ano, e destes 250 mil acabaram morrendo. Para Jackson, o sonho de Laura é que em 2020 a mortalidade para a doença no Brasil seja de 5% até 2020 e, para isso, a ideia é que o robô Laura seja disponibilizado a todos os hospitais filantrópicos e privados do país.
Serviço
Apresentação do Robô Laura em Mato Grosso
Quando: dia 07 de fevereiro, às 19:30 horas
Onde: Auditório do Hospital de Câncer de Mato Grosso
Av. Historiador Rubens de Mendonça, 5500 - Morada da Serra, Cuiabá