Crackers atacaram 24 milhões de vezes as tecnologias na Rio 2016, aponta balanço final. |
O diretor do centro de operações de tecnologia do Comitê Olímpico da Rio 2016, Marcelo Souza, realizou um balanço dos resultados relacionados à segurança digital dos Jogos, o executivo revelou o seguinte.
Toda a equipe dessa área contava com 400 profissionais (além de 1.600 voluntários), de 25 nacionalidades. Eles ficaram responsáveis por realizar a manutenção e monitorar o funcionamento de tecnologias que iam do sensor que identificava o segundo no qual um nadador tocava na margem da piscina (para, assim, definir quem ganhou uma prova), a sistemas de segurança que protegiam a página oficial dos Jogos, forneciam eletricidade para as arenas etc. Só no site da Olimpíada, registrou-se 83 milhões de usuários únicos em 20 dias, contabilizando uma circulação acima de 2 petabytes de dados. Apenas de transmissões de disputas via streaming (em suma, vídeos na internet), somaram-se 7 bilhões de acessos.
Durante o evento, foram emitidos 45 milhões de alertas de segurança – perigos de menor escala, como quando alguém acessava o site dos Jogos por meio de um computador infectado com um vírus. Mas, mais preocupante, detectaram-se 24 milhões de ataques, que é quando um cracker tenta tomar de assalto um desses sistemas, por razões diversas – novamente, do site até os sensores que monitoravam os rendimentos de atletas. Dentre esses, incluem-se suspeitas de terrorismo. Como também de hackers “brincalhões” que queriam somente derrubar o sistema por “zoeira”.
“Felizmente, conseguimos bloquear todas essas agressões virtuais, que poderiam vir a prejudicar a Olimpíada no Rio”, garantiu Souza, em entrevista à repórter Talissa Monteiro. “Os ataque vinham de várias origens, de vários países, de dispositivos de todas as sortes”, complementou. Fonte: A Origem dos Bytes.