sexta-feira, 9 de setembro de 2016

É preciso aprender a programar para fundar uma startup?

É preciso aprender a programar para fundar uma startup?
É preciso aprender a programar para fundar uma startup? 
Em meados de 2008, houve um boom de startups no Brasil, começando pelas principais capitais do país e se alastrando para o interior. Desde então, jovens – nem tão jovens assim – buscam se aventurar nesse mundo de ideias brilhantes capazes de mudar o mundo. Porém, uma dúvida muito comum costuma surgir entre os aspirantes a donos de seus próprios negócios: fundadores de startups precisam saber programar? A resposta depende do lugar onde a pergunta é feita, se é lá no Vale do Silício ou fora dele. A maioria dos analistas do maior reduto de empresas de tecnologia vão fazer você acreditar que não se pode construir um negócio de software sem saber programação. 

Mas não desanime, a codificação em si não é a única habilidade necessária para alguém se tornar um empreendedor no ramo da tecnologia. Muitas startups desse ramo chegaram ao sucesso e foram construídas por fundadores de outras áreas, como por exemplo o Airbnb, e alguns dos produtos mais populares foram terceirizados em seus primeiros dias, como Skype, o GitHub entre outros. Por mais que a codificação seja algo glorificado no Vale do Silício, aprender a programar quando você está começando a desenvolver sua ideia de negócio não vai te levar muito longe. Listamos aqui algumas das razões para isso e o que você pode fazer ao invés de se preocupar com essa exigência.

Não ajuda a acelerar a criação do produto 

Se você está empenhado em iniciar uma jornada para desenvolver seu próprio negócio, seu objetivo é colocar um produto nas mãos de seus consumidores o mais rápido possível para depois ter alguns feedbacks. Quando se fala em um aplicativo para celular, para poder entregar um produto viável mínimo (PVM), é necessário pelo menos um ano investido em conhecimento de codificação. Mas se esse aplicativo requer algo mais, como uma interface web, por exemplo, você vai precisar aprender novas tecnologias, tomando ainda mais seu precioso tempo. Então, como um fundador não-técnico da área, seu objetivo final é oferecer o mais rápido possível um produto pronto para o mercado e construir um negócio. Faça o que for necessário para isso, arranje um cofundador programador, contrate um funcionário só para isso ou então terceirize essa tarefa de desenvolvimento.

Não ajuda a recrutar talentos 

O simples conhecimento da área também não te ajuda a recrutar novos talentos, como dizem por aí. Quando você aprende a realizar todo o trabalho, não tem mais tempo para apreciar o processo como um todo. Algum conhecimento sobre programação não te dá a habilidade de descobrir prodígios na área. Para isso, são necessários vários anos de experiência com a mão na massa e liderando equipes para que seja possível identificar os possíveis profissionais com as qualidades exigidas.

Não é a habilidade mais importante 

Programação não é a habilidade mais importante para ser um fundador de um negócio. Um empreendedor precisa ter a visão e a compreensão do mercado e entender os problemas enfrentados pelo seu público potencial. Ele deve ser capaz de executar suas ideias para entrar em consonância com seu público. Se a primeira versão do produto não entregar o que foi prometido, o empreendedor precisa ter a habilidade de aprender com os erros e com os feedbacks recebidos do mercado e trabalhar com essas informações. A partir daí deve ser capaz de vender o produto e expandir o seu negócio.

Não aumenta as chances de sucesso 

Aprender a codificar não aumenta as chances de obter sucesso na empreitada do novo negócio. Um bom exemplo que aconteceu nos Estados Unidos foi o aplicativo de encontros chamado Coffee Meets Bagel. A startup foi criada por três irmãs e nenhuma sabia nada de ciências ou engenharia da computação. Mesmo assim, o negócio conseguiu arrecadar cerca de US$ 11 milhões em investimentos e ainda recusou uma oferta de compra de US$ 30 milhões. Ou seja, há diversas outras habilidades que o os aspirantes a CEO precisam ter para garantir o sucesso de suas ideias, e muitas delas não envolvem linguagens de programação.

Quando focar no lado técnico 

Como já foi falado, você não precisa necessariamente colocar em prática as rotinas de programação para desenvolver seu produto, mas se você não tem ideia alguma e deseja adquirir algumas habilidades que podem te ajudar futuramente a ser um empreendedor técnico, é uma ótima ferramenta para se aprender quando se tem um tempo livre. Se você já está preparado para começar o desenvolvimento da sua ideia e transformá-la em um negócio, invista um pouco do seu tempo em conhecer as diferentes tecnologias disponíveis no mercado para poder avaliar quais são realmente relevantes para seu produto e como aproveitar o máximo delas.

Fonte: Canaltech




> Comunidade Brasileira de Sistemas de Informação
> Fundada em 13 de Outubro de 2011
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