Barack Obama quer que países estabeleçam regras para evitar ciberguerras. |
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que seu país tem enfrentado alguns problemas relativos à intrusão de sistemas computacionais por conta de ataques realizados pela Rússia e outros países. Com base nesse histórico, o líder norte-americano quer que nações estabeleçam normas para evitar uma corrida armamentista cibernética.
Ele fez um pronunciamento durante o encontro do G20, que acontece na China, logo após uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin. Não houve, porém, menção específica ao hack recente endereçado ao Democratic National Committee of the Democratic Party, que está sob investigação do FBI.
Na ocasião, mensagens politicamente embaraçosas referentes a convenção do partido foram vazadas e muitos especialistas em segurança atribuíram o ataque ao serviço de inteligência da Rússia. O WikiLeaks liberou tais e-mails sem citar fontes.
Os Estados Unidos não acusaram o governo russo pelo incidente, mas está investigando alguns casos semelhantes endereçados a partidos políticos, pois há uma preocupação especial com relação à segurança durante a corrida presidencial no país.
“Não comentarei investigações específicas que ainda estão em curso, mas direi a vocês que já tivemos problemas relativos à intrusões cibernéticas vindas da Rússia no passado, bem como vindas de outros países”, afirmou Obama.
O presidente descreve o momento como uma nova era da cibersegurança à medida que mais países ampliam seus recursos cibernéticos e “francamente temos mais capacidade que qualquer outra nação, tanto ofensiva quanto defensivamente”, vangloriou-se.
Ele, porém, amenizou tal afirmação dizendo que o objetivo dos Estados Unidos não é começar uma corrida armamentista e, assim, gerar uma “escalada” de armamentos, como aconteceu em outras décadas. O plano, de fato, reside em “instituir algumas normas” para que todas nações atuem com responsabilidade.
Obama reforça que, mesmo sem “atores estatais”, o mundo já enfrenta problemas suficientes no ciberespaço. O presidente ilustrou esse fato com o roubo de dados de empresas, que cria a necessidade de estabelecer um ambiente crítico de infraestrutura para garantir sua proteção.
“O que, certamente, não devemos é seguir um rumo que crie um cenário como o do Velho Oeste, onde países com significativas capacidades cibernéticas comecem uma competição não saudável ou um conflito”, afirmou.
O presidente dos Estados Unidos teria discutido o tópico da cibersegurança com Putin e, antes dessa reunião, com outros chefes de Estado. Segundo Obama, há um interesse de diversos países em adotar regras – mas é importante saber quais deles também pretendem seguir essas regras, se estabelecidas.
Fonte: Computerworld