Apenas alguns países (com o circulo vermelho) adotam a franquia. |
A internet limitada não é uma exclusividade brasileira. Em países em que a tecnologia é mais avançada e madura, como os EUA e Reino Unido, também há franquias na banda larga, que também sofrem críticas.
Nos EUA, 7 das 13 gigantes companhias do setor adotam essa estratégia em alguma escala, segundo um Órgão do Congresso Americano o GAO. Mas porém os consumidores podem escolher entre planos limitados e ilimitados, e alguns virtualmente ilimitados. Na AT&T por exemplo, o volume chega a 1 terabyte e dados nos pacotes mais caros. Na Vivo americana, o plano mais caro custa R$ 200,00, mas o consumidor deve ter um terço disso, 300 Gbytes de dados.
No mundo, entretanto, a prática não é tão disseminada: Em mais de 70% do países, a internet é ilimitada e não tem a modalidade de franquia. Segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações).
As empresas em si, acabam pressionando para que esse modelo cresça, por motivos que, no discurso das operadoras, vão da necessidade de controlar o tráfego em suas redes a ser justo: Quem consome mais paga mais.
Um dos problemas é fazer os clientes se acostumarem à ideia. Luiz Santin, diretor da consultoria Nextcomm, afirma que não é possível apenas importar o modelo americano da franquia. "O mercado brasileiro é menos maduro, a baixa renda foi ter acesso a internet, só nos últimos cinco anos. É preciso debater o quanto isso impacta no poder de compra".
Um dos efeitos negativos é que o consumidor passe a usufruir menos da rede, por medo de estourar o pacote. Especialmente a comunidade de baixa renda é a que deve sofrer mais.