sexta-feira, 4 de março de 2016

Cientistas desenvolvem disco de vidro capaz de guardar dados por 14 bilhões de anos.

Cientistas desenvolvem disco de vidro capaz de guardar dados por 14 bilhões de anos.
Cientistas desenvolvem disco de vidro capaz de guardar dados por 14 bilhões de anos.

Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, criaram uma nova técnica para armazenamento de dados em discos de vidro. O ponto alto é a alta capacidade de armazenar dados, além da longa vida útil dos pequenos discos.

Usando uma técnica de cinco dimensões (5D), os discos devem resistir por até 13,8 bilhões de anos—isso mesmo, são quase 14 bilhões de anos. Para isso, eles devem ser preservados a até 190°C. A nova tecnologia é capaz de resistir a temperaturas de até 1.000°C, mas nesse caso sua durabilidade é reduzida.

Cada um dos discos pode armazenar até 360 TB de dados—lembrando que um TB é o equivalente a mil GB. Por isso, a sugestão dos cientistas é que a nova tecnologia seja usada para armazenar documentos de organizações que tenham um volume muito alto de dados guardados. Entre as sugestões que estão nocomunicado oficial da universidade estão bibliotecas, museus e arquivos nacionais.

Como testes, os cientistas salvaram documentos importantes da humanidade em alguns discos. Entre eles estão a Declaração Universal dos Direitos Humanos (que foi dada de presente à ONU), a Magna Carta e a Bíblia.

Cinco dimensões

Os dados são gravados nos discos usando laser ultraveloz, que produz impulsos de luz extremamente curtos e intensos. O arquivo é gravado por pontos minúsculos distribuídos em três camadas e separados por uma distância de cinco micrometros—que é um milionésimo de metro.

Os dados são gravados no vidro usando o que os pesquisadores chamaram de cinco dimensões. Elas são as três comuns de espaço, além do tamanho e da orientação dados às nanoestruturas.

“As nanoestruturas alteram o caminho que a luz percorre no vidro, modificando a polarização que poderá ser lida pela combinação de um microscópio óptico e um polarizador, similar às lentes usadas em óculos Polaroid”, explica o site da universidade.

“Essa tecnologia pode assegurar a última evidência da nossa civilização: tudo que aprendemos não será esquecido”, disse o professor Peter Kazanksky, que participou do desenvolvimento.

A equipe ainda está aprimorando a técnica e procurando por parceiros para que a tecnologia possa ser comercializada.




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