sábado, 26 de março de 2016

BBC doa 1 milhão de micro:bit, um computador que auxilia as crianças na programação.

 BBC doa 1 milhão de micro:bit, um computador que auxilia as crianças na programação.
 BBC doa 1 milhão de micro:bit, um computador que auxilia as crianças na programação.
No início da semana, a BBC liberou gratuitamente para 1 milhão de jovens britânicos o micro:bit, um pequeno computador recheado de sensores que auxilia as crianças na aprendizagem de programação. O programa é bem interessante, e é uma proposta curiosa para desenvolver o ensino dos jovens na área.

Por fora, o micro:bit parece um pouco com o Raspberry Pi, por ser um pequeno computador com milhares de utilidades. Mas, segundo a BBC, a ideia veio de muito antes: ele tem esse nome por causa do BBC Micro, um computador criado na década de 1980 (!) para incentivar crianças a entrar no mundo da computação. O micro:bit é um legado dessa máquina.

A proposta da emissora pública britânica é inspirar os jovens de 7 anos a produzir trabalhos digitais criativos, desenvolvendo habilidades nas áreas de ciência, tecnologia e engenharia. Uma das motivações para esse projeto foi a decadência do setor tecnológico do Reino Unido, que precisa de mais profissionais capacitados.

Com a iniciativa, surge a pergunta: é uma boa ideia distribuir esse tipo de equipamento para as crianças? O que ele realmente contribui no aprendizado de um jovem? E, por último, mas não menos importante: o projeto da BBC pode inspirar esse milhão de crianças? Spoiler: sim.

Conhecendo o micro:bit

O que exatamente esse computador tem de especial para ser considerado uma grande oportunidade para mudar a forma com que crianças interajam com a tecnologia? Bom, ele é feito para ser fácil e divertido de usar, mirando aquele tipo de jovem que gosta de um brinquedo que desafia suas capacidades.

Sinead Rocks, chefe da BBC Learning, divisão de aprendizado da empresa, diz que é a iniciativa educativa mais ambiciosa da BBC em 30 anos. “O micro:bit é sobre os jovens aprenderem a se expressar digitalmente. Nós damos a crianças pincéis para elas pintarem, ainda que sem nenhuma experiência. Deveria ser o mesmo com a tecnologia”, diz.

Medindo apenas 4×5 centímetros, o micro:bit é realmente um playground digital para as crianças, podendo desempenhar os mais variados tipos de atividade. Ele se conecta com tablets, computadores, Arduinos, Raspberry Pis e vários outros módulos e dispositivos.

Em uma comparação ambiciosa, Rocks diz que o micro:bit pode afetar a indústria da internet das coisas tanto quanto o BBC Micro afetou a indústria dos jogos, na época.

Suas especificações incluem 25 LEDs na cor vermelha para exibir mensagens, dois principais botões para serem usados em jogos (ou até mesmo para passar/pausar a música no seu smartphone), acelerômetro e detectores de movimento. É possível ativar as luzes quando algo for movido dentro de um jogo, por exemplo.

Ainda que o micro:bit não inclua um módulo GPS (mas é possível acoplar um nos cinco anéis de entrada e saída), ele tem uma bússola que informa a direção, o movimento e a posição em que você está. Com o ímã incluso, também é possível detectar alguns tipos de metais.

Por fim, o dispositivo também vem com Bluetooth de baixo gasto energético, feito especialmente para aparelhos pequenos. Dá para conectá-lo com basicamente qualquer tipo de dispositivo com a tecnologia, fazendo o micro:bit tirar fotos remotamente, por exemplo. Também é possível construir uma guitarra que toca mais alto se você a agita mais, um gol que aumenta a pontuação se algo toca nele ou até mesmo um vaso de plantas que é regado conforme ele fica mais seco.

Alunos da escola West Yorkshire, por exemplo, prenderam o micro:bit a um balão de hélio e fizeram ele subir a uma altura de 32 quilômetros, chegando à estratosfera. Os sensores do computador coletaram dados como a temperatura, e um módulo GPS acoplado permitiu que eles achassem o micro:bit quando ele voltou à Terra.

Para usá-lo, as crianças podem acessar microbit.co.uk e programar direto do site, ou baixar o app para Android ou iOS. O projeto tem ajuda de grandes empresas, como ARM, Microsoft e até Samsung. [ Com informações do Tecnoblog ]




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