Nove previsões sobre o futuro da programação. |
Pode parecer um tanto complicado pensar em previsões para o futuro quando se trata de tecnologia. A cada dia descobrimos algo diferente, um dispositivo é inventado e tudo, quase que de repente, já se transformou.
Quando enviávamos SMS pelo celular (e pagávamos por cada mensagem enviada), nem poderíamos imaginar que um dia existiria algo parecido com o Whatsapp, ou que o Messenger iria acabar. Imagine, então, pensar no futuro da programação, que é ainda mais ágil?
O blog Computer World listou nove projeções para o mundo da programação. Veja quais são:
1. REST comandará a IoT – a princípio
O protocolo REST (sigla para Representational State Transfer) ganhou a web e tende a manter posição dominante em um futuro em que cada termostato, fechadura e utensílio de cozinha virar um elemento de troca direta de informações via internet. As razões são óbvias. Programadores adoram a simplicidade da arquitetura.
2. Protocolos binários surgirão novamente.
Transmitir dados em pacotes JSON com protocolos REST pode ser simples, pelo menos em comparação com o velho mundo de dados XML. Porém, alguns programadores supereficientes divagaram sobre o porquê de precisarem converter dados binários em uma cadeia (string) de modo que ela pode ser representada corretamente em JSON. Afinal, o outro lado só vai analisar a cadeia (string) e transformá-la de volta em bytes. Por que não enviar os bytes diretamente - especialmente se a Internet das Coisas vai estar constantemente em comunicação, com apenas alguns bytes de dados?
3. O vídeo matará o HTML
A internet se transformou na televisão. Só que essa nova televisão será diferente, pois a web abre caminho para um futuro interativo. Dessa maneira, não parece exagero dizer que a próxima geração de aplicativos de vídeo adicionará mais uma camada e ampliará uma via de mão dupla entre audiência e o conteúdo. A morte do Flash e o surgimento do HTML5 traz possibilidades de mesclar clipes de vídeo com HTML. E os programadores poderão tirar proveito das oportunidades que nascem nesse contexto construindo essas pontes ou até mesmo esses conteúdos.
4. Smartphones farão tudo (até telefonemas)
Alguém ainda usa um smartphone para fazer chamadas telefônicas? Hoje, o aparelho é mais útil enviando mensagens de texto, para ler e-mails, visitar websites - e isso é só o começo.
Há centenas de startups que procuram uma maneira de transformar o smartphone em um dispositivo de saúde realmente útil, por exemplo. Sim, a próxima geração de dispositivos inteligentes fará com que os recursos atuais sejam básicos. Os aplicativos de navegação por GPS estão se transformando em mecanismos de planejamento de rota capazes de resolver diversos problemas em seu cotidiano. Os apps de monitoramento de exercício estão se tornando ferramentas que rastreiam todos os ritmos do nosso corpo e por aí vai. Logo, espere que esse mundo móvel se torne cada vez mais amplo.
5. Maiores e melhores bancos de dados irão dominar
Os motores de busca indexam toda web. Agora, porém, existem bases de dados que indexam o próprio mundo, graças aos apps baseados em geolocalização e ao advento dos carros conectados. Aplicativos como o Waze rastream o fluxo de todos os seus usuários, dando aos desenvolvedores e usuários um mapa do mundo como ele existe, não como ele foi tirado por um cartógrafo apertando para ver uma fotografia aérea. Se uma equipe de manutenção bloqueia uma pista, o app informa em tempo real. Se uma vaca para o tráfego, o app informa em tempo real. Se um político inaugura uma nova estrada, o app também informa em tempo real.
O nível de detalhe a partir de bancos de dados como os que se desenham serão incríveis. Carros autônomos, por exemplo, terão de saber a posição de postes de iluminação, de semáforos, de hidrantes, de outros carros em movimento e de pessoas. Assim, os carros precisam estar sempre preparados para identificar obstáculos. Esses bancos de dados estarão cheios de informações a serem descobertas. Aliás, as próprias cidades tendem a ressurgir a partir desse contexto de hiperconetividade.
Em breve teremos as bases de dados de gravação informando a localização de cada buraco nas estradas do país. Será que os políticos conseguirão se mover para solucionar esse problema? Talvez isso nem seja preciso, considerando a infinidade de aplicações a serem entregues aos robôs que estão surgindo.
6. JavaScript dominará, mas ninguém precisará escrever
Se você não precisará escrever em JavaScrip, quem escreverá? Robôs. Os programadores escreverão códigos em qualquer uma – considerando uma dúzia de linguagens – e os robôs de transcodificação transformarão aquilo em algo que um browser ou o Node.js entenderá. Mais e mais códigos no GitHub não podem ser executados sem serem "compilado" por alguma coisa.
O mais proeminente são dialetos pequenos, como CoffeeScript, que passa muito longe da pontuação que incomoda alguns programadores. Existem dezenas de variações do CoffeeScript, incluindo Coco, IcedCoffeeScript, e CoffeeScript II: A Ira de Khan.
Esse movimento representa apenas o começo de algo maior porque os programadores espertos têm transcoders para linguagens tão diversas como Cobol, Java, Lisp e C. Todas elas podem rodar em seu navegador depois de serem cuidadosamente traduzidas e otimizadas para entrega e análise rápida. Por que realmente escrever em JavaScript quando você pode ter o seu um robô traduzindo sua linguagem favorita?
7. PHP lutará contra o Node.js
Isso, porém, ocorrerá apenas para que aplicações legadas não precisem ser reescritas. Há alguns anos atrás, PHP foi gradualmente perdendo espaço para Node.js e JavaScript nas “fazendas de servidores”. Isso ainda deve acontecer, mas PHP rumando para camadas mais baixas na luta. As novas versões de ferramentas just-in-time, como PHP 7 e o HipHop Virtual Machine, estão oferecendo desempenho dramaticamente mais rápido. Devido a isso, bases de códigos, como o WordPress ou Drupal estão em execução 30, 40, 50 ou mesmo 100% mais rápido.
Só que isso não altera outras vantagens oferecidas por JavaScript na elaboração de projetos, como a forma como permite que o mesmo código possa ser executado no navegador e no servidor. Contudo, remove uma das maiores razões para o abandono de uma base de código antiga escrita em PHP em favor de Node.js. Estas plataformas antigas terão nova vida depois de tudo.
8. Todo mundo saberá como programar – mas poucos escreverão “códigos reais”
Cada vez mais aparecem projetos que ensinam jovens a escrever códigos. Além disso, diversas ferramentas de educação a distância contribuem para o formação de novos programadores. A obsessão com o tema deve continuar ao longo dos próximos anos. A melhor estratégia para “programadores reais” frente a esse cenário é sorrir e incentivar os jovens. Quanto mais a população em geral descobre e tentar programar sistemas, mais perceberão o quão difícil é fazer todos aqueles malabarismos em linhas, APIs, etc. Além disso, vamos deixar claro, uma coisa é escrever uma linha, outra é construir um sistema inteiro. Todo mundo aprendeu a cortar madeira quando criança, mas o mundo ainda contrata carpinteiros para construir casas.
9. Os chefes serão ainda mais insuportáveis
Uma vez que essa aprendizagem “massiva” chegar aos seus chefes, prepare-se! Além de supervisionar seu trabalho, eles vão querer colocar a mão na massa para “tentar ajudar”. O conselho, nesses casos, será sorrir e agradecer seus palpites/sugestões.