Adolescentes de Fortaleza faturam até R$ 30 mil por mês com desenvolvimento de aplicativos. |
Dois irmãos dispostos a empreender desde cedo e ter um negócio próprio na área de tecnologia. Assim começa a história dos adolescentes Méliès Kubrick, de 15 anos, e Lorenna Alves, de 17. Convivendo desde cedo com o mundo da tecnologia por influência do pai, o cineasta Flávio Alves, os jovens deram os primeiros passos no mundo dos negócios logo cedo.
Mas, segundo Lorenna, tudo não passa de uma brincadeira de criança que virou coisa de gente grande. “Como sempre, meu pai trabalhou na área de imagem e tecnologia, eu e meu irmão sempre vivemos nesse meio. Então eu acho que não tinha como a gente tomar outro rumo”, ressalta a jovem.
Tendo na veia o sangue empreendedor, os irmãos sonharam mais alto e montaram uma empresa de desenvolvimento de aplicativos para todos os dispositivos móveis, a Fundação Teia de Ideias. Enquanto a jovem coordena os projetos dos aplicativos, Méliès fica responsável pelo desenvolvimento dos sistemas. Hoje, os jovens empreendedores estão faturando alto com o desenvolvimento de apps e encontram-se com uma alta demanda de clientes.
Orientados pelo pai, Flávio Alves, Lorenna destaca que o incentivo tão próximo é fundamental. “Meu pai é muito conectado no mundo da tecnologia. Ele nos incentiva muito a buscar leituras e conhecimento para as nossas criações e assim ele fica muito feliz e realizado em ver o filhos seguindo o caminho que ele iniciou”, destaca a jovem.
Mas quem pensa que para ganhar muito precisa trabalhar tanto e ficar sem tempo para o lazer está enganado. Com uma boa administração do tempo, os jovens garante: é possível conciliar estudos, trabalho e lazer.
“Nos inspiramos bastante nos orientais e nos dedicamos muito, já que as crianças tem um regime educativo pesado. Como nosso trabalho é realizado por demandas, conseguimos separar bem as nossas tarefas e conciliar com os estudos, que é primordial pra qualquer realização. Então dividimos por períodos, um é dedicado ao estudo e o outro cuidamos do negócio”, relatam.
Futuro promissor
A pouca idade não intimida os jovens empreendedores. Ingressando no próximo ano no curso de Engenharia de Produção, Lorenna destaca que o desejo é o de se especializar nos Estados Unidos. “A nossa pretensão é fazer um intercâmbio e estudar na Califórnia, onde fica o Vale do Silício. E, além disso, temos a vontade de desenvolver aplicativos para o HCOR, novo Hospital de Transplante de Coração”, afirma o jovem.
Com um forte crescimento em tão pouco tempo, os irmãos, atualmente, estão com um dos maiores desafios desde sua fundação da empresa: o projeto Curta Ceará. Segundo os Lorenna, o novo projeto terá “um dos maiores aplicativos de educação pública do Brasil e inovará na forma de democratizar a tecnologia entre os jovens”.