Cinco números e dez tendências em tecnologia para 2016. |
Big Data e Internet das Coisas (Internet of Things, ou IoT) não são apenas apostas: as estatísticas e projeções para 2016 apontam que a adoção das duas tecnologias só cresce no mundo, criando novos paradigmas, como a malha de dispositivos. Abaixo estão cinco dados e dez tendências em tecnologia da informação para se ficar de olho no ano que vem.
Cinco dados
1) TI vai movimentar US$ 96,4 bilhões no Brasil em 2016 (Gartner)
Apesar do aumento geral tímido - 0,6% em relação a 2015 - o investimento em software é o que deve crescer mais: 5,4% no período, para US$ 4,3 bilhões, conforme a projeção.
2) Na América Latina, mercado de tecnologia vai crescer 4,6% em 2016 (Forrester)
A situação econômica complexa do continente contribuiu para o crescimento do mercado ser de 3,3% em 2015, menor do que o projetado, segundo a Forrester. Para 2016, a estimativa é de recuperação nos principais países e aumento da penetração de smartphones, contribuindo para um avanço de 4,6% na região.
3) Investimentos em infraestrutura, software e serviços de Big Data vão crescer 23,1% ao ano a partir de 2016, atingindo marca de US$ 48,6 bilhões em 2019 (IDC)
Infraestrutura, que envolve hardware de computação, redes e armazenamento, deve crescer 21,7% ao ano;software, onde estão aplicações de gestão de informação e analytics, tem projeção de 26,2%; serviços, que contempla suporte para infraestrutura e software, ficará em 22,7%. O avanço deve ocorrer em todas as indústrias, especialmente em manufatura, mídia e setor bancário, impulsionado pelo fomento à inovação, melhora da experiência do consumidor e otimização de processos.
4) Número de dispositivos da IoT vai crescer 30%, para 6,4 bilhões, em 2016 (Gartner)
Serão 5,5 milhões de novos aparelhos conectados por dia. Em 2016, o investimento em hardware no mercado consumidor de IoT vai movimentar US$ 546 bilhões, atingindo a marca de 4 bilhões de dispositivos. Já o segmento corporativo vai investir US$ 868 bilhões e chegar a 2,4 bilhões de equipamentos.
5) Cidades inteligentes vão implementar 1,6 bilhão de dispositivos conectados em 2016 (Gartner)
A cifra representa um incremento de 39% em relação a 2015. Os aparelhos estarão divididos nos seguintes setores: saúde (5,3 milhões), serviços públicos (103,6 milhões), prédios comerciais inteligentes (518,1 milhões), casas inteligentes (339,1 milhões), transporte (347,5 milhões), utilidades (314 milhões) e outros (13,3 milhões).
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Dez tendências (Gartner)
Malha de dispositivos
O conceito abrange o número crescente de dispositivos conectados utilizados para acessar aplicações e comunicar-se a todo momento. Inclui celulares, vestíveis, carros e sensores, entre outros.
Experiência de usuário contínua
A malha de dispositivos é a fundação para uma experiência de usuário contínua, que é semelhante independentemente do dispositivo utilizado para o acesso.
Informação - classificada - sobre tudo
Tudo que está conectado à malha gera, usa e transmite informação. O avanço nas técnicas de analytics torna a tarefa de estruturar esses dados cada vez mais fácil, deixando o Big Data mais útil.
Materiais de Impressão 3D
A tecnologia permite o uso de cada vez mais tipos de materiais, como fibra de carbono, vidro e componentes farmacêuticos e biológicos, e essas possibilidades fomentam a demanda de usuários em um número crescente de setores.
Aprendizado de máquinas profundo
Este método se apoia em redes neurais artificiais, modelos inspirados nos neurônios que ajudam máquinas inteligentes a perceber o ambiente de forma autônoma e automática.
Agentes e dispositivos autônomos
A inteligência artificial aprimorada permite diversas implementações, de carros que dirigem sozinhos a assistentes pessoais virtuais, como a Siri ou Cortana.
Nova arquitetura de segurança
Hackers empregam novas ameaças capazes de inutilizar defesas de perímetros, dando à Segurança da Informação um papel mais ativo e abrangente - agora é preciso também implementar proteção em diversos pontos da rede e analisar comportamento dos usuários.
Infraestrutura neuromórfica
A malha de dispositivos e os agentes autônomos exigem infraestruturas eficientes e com alta capacidade de processamento e armazenamento. Essa demanda será melhor atendida pelas arquiteturas neuromórficas, que tentam imitar o funcionamento do cérebro humano.
Aplicações da malha e arquitetura de microserviço
Para atender à malha com alta perfomance e interface contínua, desenvolvedores precisam criar aplicações mais ágeis e flexíveis que possam ser implementáveis em partes separadas e de forma escalável, seja na nuvem ou seja só na máquina - a chamada arquitetura de microsserviço.
Plataformas de IoT
A TI deve, cada vez mais, manter infraestrutura e aplicações que capacitem a IoT de forma funcional, integrada e segura dentro da companhia. Para isso, deve adotar uma estratégia sólida, considerando a adoção da malha de dispositivos no negócio.