Sete carreiras mais quentes em de TI para os próximos cinco anos. |
Posicione sua carreira para um crescimento
de longo prazo. Empresas normalmente têm um roteiro corporativo que
detalha o que elas gostariam de ser em intervalos de três, cinco e 10
anos. Esse plano traz um mapa indicando como elas pretendem chegar lá e
de que forma a tecnologia se encaixa nisso. Como profissional de TI,
como enxerga seu trabalho dentro de uma perspectiva de futuro? Claro que as organizações ainda precisarão
de programadores e desenvolvedores por muito tempo. Contudo, elas
pretendem pagar salários melhores por aqueles que souberem programar
robôs ou desenvolverem soluções para serem embarcadas em dispositivos
móveis. Assim, o mercado de TI seguirá sua evolução e demandará novas
habilidades. Veja as apostas de especialistas sobre as carreiras que
serão quentes em 2020.
#1. Programadores, especialistas de segurança e gerentes de cloud
Mais
de 90% das empresas norte-americanas estão usando alguma forma de
computação em nuvem, de acordo com levantamento da CompTIA. Além disso,
um relatório de novembro 2014 constatou que as companhias, cada vez
mais, movem suas infraestruturas ou aplicativos para ambientes de clouds
privadas e públicas. Esse movimento tende a se acelerar, acarretando
uma demanda intensa por profissionais para suportar a tendência. Uma posição relacionada que terá destaque
nesse campo é o do gestor de capacidade. “Esperamos que muitas
[organizações] operem um ambiente híbrido de modo que a questão tocará
sobre como mudar dinamicamente a demanda por computação e armazenamento
entre nuvens públicas e privadas”, avalia Mike Sutcliff, executivo-chefe
da Accenture Digital. “Isso vai exigir novas técnicas e disciplinas que
muitas organizações de TI não têm em vigor hoje em dia”. Além disso, programadores especializados em
Perl, Ruby, Ruby on Rails e Python, Java e JavaScript, bem como aqueles
confortáveis com o desenvolvimento de APIs e ambientes DevOps também
estarão em alta. Isso deve ocorrer porque a tecnologia em cloud depende
muito dessas disciplinas.
#2. Arquitetos de dados, especialistas em integração, profissionais de Hadoop
Cliff
Justice, líder da pratica focada em serviços compartilhados e
terceirização na KPMG, prevê enormes necessidades organizacionais em
torno de analytics. O cenário será, em parte, impulsionado pelo grande
volume de dados coletados, mas também pelo aumento do número de
aplicações (como a robótica) alimentado por uma abordagem analítica.
Como resultado, as empresas estão adicionando e criando vagas para
profissionais gabaritados a tal tarefa. A consultoria aponta para alta demanda
pelos seguintes profissionais: arquitetos de dados, que projetam a
estrutura para suportar as necessidades emergentes; engenheiros de
integração de dados, que garantem que as soluções de dados e análises
possam ser integradas a partir de qualquer número de fontes; e analistas
de planejamento de TI, que agregam e analisam dados de várias fontes
internas e externas para ajudar a TI a saberem o que provavelmente será
necessário encomendar junto aos parceiros de negócio no futuro. Dentre as posições técnicas que são e
continuarão quentes ao final da década aparecem posições para
desenvolvedor em Hadoop, engenheiro de dados, arquiteto de software para
big data, projeta Christian P. Hagen, parceiro da área de consultoria
estratégica de TI na AT Kearney. Ao mesmo tempo, as demandas organizacionais
ao redor analytics criarão um novo lote de posições de liderança, que
surgem com a tarefa de entender como usar ferramentas e técnicas para
alcançar metas e objetivos de negócio. Esses postos incluem diretor de
analytics, chief digital officers (CDO), líder de análise de negócios e
vice-presidente de dados corporativos.
#3. Hardware, software e especialistas em analytics
Um
relatório de 2014 da PwC sobre o futuro dos wearables vê um mundo onde
os dispositivos portáteis serão utilizados para treinar novos
funcionários, acelerar o processo de vendas, melhorar serviços ao
cliente, criar orientação de mãos-livres para os trabalhadores e
melhorar a precisão das informações coletadas para servir o crescente
movimento de análise pelas empresas. Jack Cullen, presidente da empresa de
recursos humanos TI Modis, prevê a mudança rumo às tecnologias vestíveis
poderá estimular o empreendedorismo tanto ou mais que o advento dos
smartphones. “Em 2020, esses dispositivos serão tão comuns quanto o
iPhone é hoje. Isso cria novas oportunidades”, comentou. O especialista espera que organizações de
todos os tipos identifiquem posições de trabalho e processos que podem
se beneficiar dos wearables, o que, por sua vez, significa que os
departamentos de TI vão procurar tecnólogos com a capacidade de
implantar, gerenciar e manter hardware, bem como especialistas que podem
desenvolver, personalizar e apoiar aplicações e programas de análise
que tornarão esses vestíveis úteis dentro das organizações.
#4. Especialistas que aplique conceitos de inteligência artificial/robótica nas empresas
Inteligência
artificial e robótica já passaram da ficção científica para a realidade
há algum tempo. Em breve, são conceitos que chegarão em um negócios
(bem) perto de você. De acordo com um relatório do Pew Research Center,
essas tecnologias “irão permear várias facetas da vida diária em 2025,
com enormes implicações para uma variedade de indústrias, tais como
saúde, transporte e logística, atendimento ao cliente e manutenção
residencial”. Não surpreendentemente, especialistas nesta
área verificarão alta demanda, comenta Justice, da KPMG. Ele observa
que os profissionais de TI terão papéis a desempenhar na programação,
integrando e construindo a infraestrutura para aplicações
organizacionais da IA e robótica.
#5. Pesquisadores com visão sistêmica
A
IDC prevê que o mercado de internet das coisas saltará de um patamar de
US$ 1,9 trilhão em 2013 para US$ 7,1 trilhões em 2020. “A tecnologia
está sendo construída sobre tudo que conhecemos”, cometa David Dodd,
vice-presidente de TI e CIO da Stevens Institute of Technology. Isso
significa um futuro brilhante para tecnólogos que compreendam os
fundamentos desse tipo de conectividade. Na verdade, a IoT pode
desencadear o surgimento de um novo especialista que pode combinar
habilidades em hardware, engenharia, programação, análise, privacidade e
segurança. Dodd, no entanto, acredita que a habilidade
mais demanda dentro do conceito será na compreensão do valor passível
de se extraído de toda essa conectividade. As organizações percebem que
não basta simplesmente conectar itens e coletar dados, elas precisam
saber como essas conexões e os dados que eles geram podem resolver
problemas ou fazer avançar os objetivos organizacionais. As empresas
"querem pessoas que possam compreender e formular o futuro da Internet
das coisas", projeta o especialista.
#6. Profundos conhecedores de segurança
O Bureau of Labor Statistics prevê um crescimento de 37% em cargos de analista de segurança da informação entre 2012 e 2022. A expansão virá devido ao fato de que praticamente todas tecnologias emergentes estão exigindo, e continuarão a exigir, ainda mais atenção a partir do programa de segurança, privacidade e acesso de uma organização. "Para todas as grandes oportunidades que nuvem, análise social e móvel, e a IoT trarão, os ganhos econômicos que serão realizados por todas essas novas tecnologias podem ser significativamente inferiores caso não existam programas robustos de segurança e protocolos em vigor", avalia Matt Aiello, sócio no escritório Heidrick & Struggles, empresa especializada em recrutamento de CIOs.
#7. Artesãos digitais
A
pressão para ser mais do que um puro técnico continuará nos próximos
anos - e isso significa mais do que adicionar uma ou duas habilidades de
negócios em seu currículo. Profissionais de tecnologia que navegarem
com sucesso as mudanças turbulentas da indústria serão capazes de
demonstrar visão de negócios em todo o espectro, avalia Ray Wang,
fundador e analista da Constellation Research Inc. Ele chama esses novos
especialistas de "artesãos digitais", explicando que se trata de
profissionais que equilibram características distintas dos dois
hemisférios do cérebro. Produtos, serviços e soluções medianas não
são mais suficientes para sustentar as empresas em um cenário cada vez
mais competitivo, enfatiza Wang. Para prosperar nos próximos 10 anos, as
organizações precisam buscar talentos capazes de "pensar fora da caixa,
mas executar dentro do sistema". Para oferecer esse tipo de valor
estratégico, os profissionais de TI precisam ser autênticos, relevantes,
com uma mentalidade transformadora, desafiadores, rápidos, artísticos e
não-conformista.
Fonte: cio.com.br