Ataques hackers atingem uma em cada seis empresas globais. |
Uma em cada seis companhias globais sofreu um ataque hacker no
ano passado. O dado é de uma pesquisa da Grant Thornton. O levantamento
revela que as ameaças cibernéticas estão causando graves prejuízos a
empresas do mundo todo, a um custo global estimado em pelo menos US$ 315
bilhões, ao longo dos últimos 12 meses.
O estudo mapeou 2,5 mil líderes empresariais em 35 economias. No
Brasil, a percentagem de negócios prejudicados por invasões cibernéticas
no período foi de 11%, a mesma taxa computada para toda a América
Latina. Tal índice está um pouco abaixo da média global, de 15%.
Globalmente, os setores que mais sofrem com estes ataques são os de
finanças e tecnologia. “Ambos apresentam as mais altas percentagens de
empresas vitimadas em 2014 (26%, cada um) e também são os que mais
reconhecem os riscos e problemas provenientes dos ataques cibernéticos”,
aponta um relatório.
Setenta e quatro por cento (74%) das empresas de finanças veem nesse
tipo de crime uma forte ameaça para seus negócios; e 55% das companhias
da área de tecnologia pensam da mesma forma. De acordo com o estudo, no entanto, poucas empresas compartilham
dessa visão. Globalmente, apenas 12% dos negócios consultados reconhecem
os ataques cibernéticos como um problema realmente relevante.
No Brasil, esse índice é de 11%. Por outro lado, consultados sobre se
as empresas têm já implementada uma estratégia para seguridade
cibernética, no mundo todo, pouco mais da metade (52%) das lideranças
afirmam possuir um plano para prevenir e contornar o problema. Em
território brasileiro, ainda, essa porcentagem é de 44%.
A maioria das empresas com política de segurança cibernética tem como
principal foco preservar seus clientes. O vazamento de informações
sobre consumidores, sejam elas de cunho pessoal ou financeiro, são um
dos principais receios das empresas.
Mas a pesquisa mostra que investir em estratégias de segurança
cibernética também tem a ver com a possibilidade de fazer um maior uso
da automação e novas tecnologias, proteger informações regulatórias do
negócio, economizar no longo prazo e manter a reputação da marca.
A pesquisa da Grant Thornton mostra que os setores que mais possuem
políticas de segurança são as áreas turismo (69%), de saúde (66%), de
tecnologia (65%) e finanças (64%).
Como evitar
Segundo o relatório, para prevenir o crime digital, é preciso que as
empresas adotem medidas proativas, mantendo o tema na agenda das
reuniões não apenas dos departamentos de tecnologia como também do board
(conselho administrativo). O documento enfatiza que é preciso estabelecer políticas claras para a
implementação de práticas que ajudem a amenizar riscos. “Revisões
preventivas de segurança cibernética, feitas por uma empresa
especializada em estratégias de segurança da informação também ajudam a
prevenir ataques”, aconselha.
Fonte: Computerworld