domingo, 6 de setembro de 2015

Tecnologia cria mais empregos do que elimina, diz estudo.

Tecnologia cria mais empregos do que elimina, diz estudo.
Tecnologia cria mais empregos do que elimina, diz estudo.
Um dos debates mais quentes do momento no mundo econômico é se a tecnologia terá um efeito destrutivo sobre os empregos

Mais da metade das vagas na União Europeia corre o risco de sumir nas próximas décadas, de acordo com o think tank Bruegel. O número é parecido nos Estados Unidos, diz outro estudo da Universidade de Oxford.

Uma pesquisa com 1.896 experts em tecnologia mostra que eles estão bem divididos sobre o que a automatização pode fazer com o mercado de trabalho. 
 
No livro "A Segunda Era das Máquinas", Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee dizem que um ponto de inflexão foi atingido e deve levar a uma mudança econômica equivalente à Revolução Industrial.

Para um trio de economistas da empresa de consultoria Deloitte, o debate pendeu demais para o lado negativo porque os efeitos criativos da mudança tecnológica são indiretos e imprevisíveis e acontecem ao longo de grandes períodos.

"Quem poderia prever há 60 anos, por exemplo, o papel que lojas de café, academias e a telefonia móvel teriam nas nossas vidas no começo do século XXI?", perguntam os autores Ian Stewart, Debapratim De and Alex Cole em um novo estudo.

Eles tomam como base o censo da Inglaterra e do País de Gales desde 1871 e notam a evolução do número de pessoas empregadas em cada profissão ao longo do tempo - e as mudanças são brutais. 

Entre 1871 e hoje, a proporção de trabalhadores agrícolas caiu de 6,6% para 0,2% do total. Entre 1901 e 2011, o número de pessoas empregadas em "lavar roupa" foi de 200 mil para 35 mil (enquanto a população total quase dobrava).

Mas há hoje 20 vezes mais contadores e 26 vezes mais enfermeiros profissionais no país do que em 1871. O número de trabalhadores em bares quadruplicou só entre 1951 e 2011.

Moral da história: a produtividade e a tecnologia eliminam setores inteiros, mas no processo puxam para baixo o custo de bens e serviços, liberando renda disponível para os consumidores alimentarem novos setores que nem existiam antes.

"Quando uma máquina substitui um humano, o resultado, paradoxalmente, é crescimento mais rápido e em tempo, aumento do nível de emprego (...) Não podemos prever os empregos do futuro, mas acreditamos que eles continuarão sendo criados, melhorados e destruídos como aconteceu nos últimos 150 anos".

Outros especialistas discordam. De acordo com Jeremy Rifkin, o capitalismo atual baseado em informação tende ao custo marginal zero e isso se tornará incompatível com o mercado. 

A pergunta principal continua sendo: até que ponto o futuro reproduz o passado? E essa nenhum robô (ou estudo) pode responder.




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