IBM vai recrutar 1.000 mil designers de software. |
A IBM é a mais nova entusiasta, entre os players tradicionais de TI, a
enxergar o design como um diferencial essencial no mundo dos softwares
corporativos. Na última semana, o gerente geral da divisão de Design
(aparentemente uma posição real) na Big Blue, Phil Gilbert afirmou aos
participantes de uma conferência focada em open source que a empresa de
130 anos de idade irá criar uma cultura de design.
"Queremos trazer o design para tudo o que fazemos", anunciou o
executivo, explicando que isso significa mudar pessoas, práticas e
ambientes envolvidos no desenvolvimento de softwares. Para que isso
aconteça, adicionou, empresa está comprometida com a contratação de 1
mil designer ao longo dos próximos seis anos. A ideia é que dois terços
desse contingente seja de profissionais recém-formados.
O objetivo é que esses funcionários ajudem a organização a aplicar
conceitos como o de design thinking, a fim de "gerar resultados muito
melhores para os nossos clientes", disse. Recentemente, a companhia
instituiu o “design camp” em uma base que mantém em Austin (Texas) e
replicou o conceito em menor escala em outros escritórios ao redor do
mundo.
Talvez tão importante quanto isso foi o fato de a companhia ter
criado um plano de carreira para os designers, elevando a função como um
posto oficial, semelhante ao de desenvolvedor de software, com títulos
como "distinguished designer" e Fellow (para aqueles que ainda não
atingiram tal status).
Com o aumento da pressão para desenvolver tecnologias cada vez mais
amigáveis, temas focados na usabilidade de sistemas ganham importante em
players tradicionais de tecnologia da informação. A ideia, portanto, é
não mais entregar produtos que não encantem os usuários.
Alguns podem dizer que é uma tentativa para mudar uma reputação
“conservadora” da companhia, alicerçada em um mundo feito de
trabalhadores trajando terno e gravata. Por isso, Gilbert ressalta que o
plano busca unidade, não uniformidade. O esforço, segundo ele, será
“misturar o velho com o novo”.
O líder da área acredita que a inclinação trará um impacto enorme ao
futuro da empresa, mas reconhece que isso ainda levará tempo para
realmente ocorrer. A estratégia, afirma, é primeiro encontrar pessoas
para ajudar no processo de mudança da mentalidade, para então conquistar
pequenas vitórias e trazer mais gente para o projeto. A meta final?
“Alinhar toda a empresa para um foco centrado nas pessoas”, conclui.
Fonte: Computerworld