Alunos dos cursos de TI da UFAM se "unem" e constroem diversos apps para melhorar a vida. |
Viver
ligado à tecnologia não é algo tão surreal como se imaginava no século
passado. Com os famosos aplicativos projetados para simplificar o dia a
dia dos usuários, escolher um restaurante mais acessível, saber o
horário exato que o ônibus vai passar, pedir um táxi e até uma carona,
está cada vez mais fácil.
O
conceito de “Smart Cities” – ou Cidades Inteligentes – vem sendo
desenvolvido em todo o mundo para melhorar a qualidade de vida das
pessoas. Em Manaus, alunos de Engenharia, Sistemas e Ciência da Computação, da
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), também criaram aplicativos para
melhorar a cidade.
Pelo
menos 26 projetos foram expostos, na terça-feira, na 6º Feira de
Aplicativos do Instituto de Computação (Icomp), no Centro de Convivência
da Ufam.
Através
da disciplina “Sistemas Distribuídos”, ministrada pelo professor
Eduardo Souto, os alunos adotaram a ideia e formaram empresas virtuais
para produzir novos serviços para dispositivos móveis. Os aplicativos
ainda não estão disponíveis para download, embora os alunos tenham
interesse em aprimorar o desenvolvimento dos Apps.
“Estamos
otimistas para que algumas versões possam ser disponibilizadas para o
público”, conta Eduardo. Durante o curso, os universitários deixaram de
ser alunos e passaram a trabalhar como empresários na criação das
“startups” universitárias.
“Como
fazer uso da tecnologia de informação para melhorar a vida em
sociedade é um tema que tem além de ser interessante, no sentido de
trazer resultados, está sendo bastante discutido. Mostra que os alunos
estão de fato preocupados com a sociedade”, ressalta o coordenador dos
projetos.
Através
da identificação das necessidades locais, os alunos desenvolveram
projetos para reduzir o desperdício de lixo, para facilitar a vida de
quem quer encontrar vagas de estacionamento e até para auxílio no relato
de acidentes de trânsito ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu).
Os
alunos também desenvolveram uma solução eficaz para o gerenciamento e
manutenção dos semáforos da cidade via Internet. “Com este aplicativo,
um agente de trânsito credenciado pode gerenciar semáforos à distância.
Basta uma simples ação de um agente credenciado e todo o transtorno é
resolvido”, defendem os criadores do app.
Útil ao agradável
Nem
todo mundo é adepto ao uso das novas tecnologias. Mas a ideia de que,
no futuro, tudo em uma cidade estará conectado à rede de Internet já
começou a ser difundida em Manaus. O processo de aliar os aplicativos
mobiles à rotina ainda não é um hábito do amazonense, mas, segundo o
professor Eduardo Souto, a transformação começa a ser percebida.
“Aqui
em Manaus ainda estamos muito aquém do desejado. Mas o brasileiro
começou a acordar e o amazonense também. Hoje em dia, se queremos sair
de um canto para o outro, se usa o Waze. Se queremos encontrar um
restaurante bom, usamos o Ifood. Começamos a observar que tem
aplicativos que podem ser baixados gratuitamente e que trazem benefícios
para nossas vidas. É preciso investir em mais inovações como estas”,
completa o professor.
Lixeira inteligente
Os
alunos Ailton dos Santos, Isaque Vieira, Lajos Neto e Marcel Cunha,
apresentarão o ‘Intelli Bin’, capaz de reduzir o desperdício de lixo a
partir de lixeiras inteligentes capazes de transmitir informações sobre o
armazenamento de lixo em tempo real, otimizando as rotas dos caminhões.
Encontros
Desenvolvido
pelos universitários Jackson Leite, Kevin Takano e Ludymila Lobo, o
aplicativo ‘Minha Tribo’ auxilia pessoas a organizar encontros para
realizar atividades de interesse comum, a partir das preferências do
usuário e localização de aparelhos móveis.
Estacionamento
Os
universitários Alan Costa, André Serudo, Bruno Barreto e Tiago Hidalgo
criaram o aplicativo Best Park, que tem como proposta facilitar a vida
de quem quer encontrar vagas de estacionamento, mostrando os
estacionamentos mais próximos, o número de vagas disponíveis e preços.
Rede colaborativa
O
aplicativo propõe o auxílio no relato de acidentes de trânsito.
Funciona como uma rede colaborativa onde usuários enviam registros
fotográficos de acidentes, acompanhados de data, hora e localização. O
sistema foi desenvolvido por Ayan Abreu, Ervili Tarsila e Luan Uchôa.