MIT inventa um software que faz "transplante de orgãos" em softwares "doentes". |
Um novo sistema do Laboratório de Ciências da Computação e
Inteligência Artificial (CSAIL) do MIT tem uma tática infalível para
corrigir softwares com falhas: pegar emprestado código “saudável” de
outras aplicações, e então corrigir o bug, sem precisar acessar o código
fonte original.
A ideia é reproduzir a estratégia dos transplantes de órgãos. A
diferença é que neste caso, o paciente doente é um software bugado. E o
órgão doado é um pedaço de código de outra aplicação, mesmo que tenha
sido escrito em uma linguagem totalmente diferente.
Em
linhas gerais, essa é a definição do CodePhage, um sistema que foi
apresentado por pesquisadores do MIT durante uma conferencia de
Linguagem da Programação neste mês nos Estados Unidos.
Segundo seus criadores, o CodePhage funciona assim: um programa com
bug é o “receptor”. Quando o sistema identifica uma vulnerabilidade, ele
procura por uma correção em uma série de outros programas e bibliotecas
de códigos.
Assim que ele encontra um pedaço de código que possa ser usado, ele o
enxerta no receptor e o testa sem precisar acessar o código fonte. Ele
repete essa ação até achar o doador ideal.
A vantagem desse sistema é que ele pode corrigir falhas usando
soluções que podem nunca terem sido escritas na mesma linguagem, criando
uma espécie de colcha de retalho de boas ideias a partir de uma gama
ampla de fontes de programação.
Segundo Martin Rinard, um dos criadores do sistema, o CodePhage é
parte de um esforço maior do MIT em criar um software que irá reduzir a
necessidade de se escrever novos códigos. Ou seja, as aplicações irão se
auto-atualizar.
“A ideia é que nunca precisemos escrever um código que outra pessoa
já tenha escrito em algum lugar”, afirma Rinard. “O sistema encontra o
pedaço certo de código e automaticamente o enxerta em outros pedaços de
códigos que fazem o programa funcionar.”
Fonte: MIT