A intenção é formar profissionais na área de computação cognitiva. |
A subsidiária da IBM no Brasil anunciou parcerias com algumas
universidades brasileiras para formar profissionais na área de
computação cognitiva. Para isso, empresa introduzirá disciplinas
relacionadas ao tema em alguns cursos de graduação e pós-graduação,
mestrado e doutorado na ESPM, Universidade Presbiteriana Mackenzie e no
Insper.
Com o programa, a IBM Brasil espera que cerca de 600
alunos sejam contemplados com o conteúdo até o final do próximo ano.
Além do conteúdo, a companhia será responsável pela mentoria dos
professores que irão ministrar as disciplinas de desenvolvimento e
experimentação, ambiente de treinamento e disponibilização de softwares
para a criação de aplicações na área.
O cientista-chefe do
Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil, Fabio Gandour, irá ministrar
aulas em algumas das universidades parceiras. O líder técnico do IBM
Watson no Brasil e América Latina, Fabricio Barth, também apoiará o
projeto. "Para a IBM, a difusão do conhecimento nessa área é tão
importante como o desenvolvimento da tecnologia em si. O uso de sistemas
cognitivos crescerá de forma substancial nos próximos anos e décadas,
portanto temos a missão de auxiliar as instruções de ensino na
preparação de profissionais que vão lidar com essas tecnologias",
comenda Gandour.
As universidades parceiras do projeto irão
oferecer a infraestrutura de laboratório de TI para que seja possível o
desenvolvimento de aplicações na plataforma Watson com o serviço IBM
Bluemix. Todo o projeto faz parte de uma estratégia mundial da unidade
de negócios Watson, desenvolvida em conjunto com o IBM Academic
Initiative. Tal programa oferece a instituições de ensino acesso a
softwares da companhia, materiais didáticos e incentivos às
certificações de maneira gratuita.
A IBM, desde o lançamento
comercial do Watson, aposta em mercados estratégicos como o Brasil para
iniciar o trabalho com o novo produto. O banco privado Bradesco foi o
primeiro cliente da plataforma de análise de dados no país. De acordo
com a norte-americana, o Watson consegue analisar um grande volume de
dados e processar informações de forma bem mais parecida com um ser
humano do que com qualquer computador. Isso é possível graças a
compreensão da linguagem natural, gerando hipóteses baseadas em
evidências e dando resultados de maneira probabilística.
Com o
Watson, a Big Blue também pretende ampliar sua atuação na área da saúde.
Um exemplo de como ele poderia atuar é na área de oncologia. Nela, a
plataforma tem feito ótimas evoluções com o uso da computação cognitiva.
No Memorial Sloan Kettering, hospital norte-americano especializado no
tratamento de câncer, os médicos podem realizar pesquisas em um enorme
banco de dados com o objetivo de compor determinado tratamento.