Como estimular e desenvolver profissional de Tecnologia da Informação. |
Para
Guilherme Estevão, gerente de relações corporativas da Faculdade de
Informática e Administração Paulista (Fiap), atingir esse equilíbrio
requer, em primeiro lugar, transparência: “Um exemplo comum que alunos
me trazem é de consultorias de TI que sabem que, ao final do projeto,
metade do time vai sair, mas não deixam isso claro”. A incerteza
compromete a relação, prejudicando o engajamento do funcionário, avalia.
Estabelecida
a confiança, a empresa deve se atentar ao líder imediato dos times: “As
pessoas precisam de alguém para seguir. É necessário haver inspiração”,
resume Estevão.
Papel do gestor
Estevão defende que o gestor deve apresentar mais do que o perfil estratégico, “condição indispensável para
o cargo”. “Se ele não coloca a mão na massa e exige do time tarefas que
não sabe bem como executar, seja por qual razão, isso compromete a
sinergia da equipe”, opina.
Para
Izaias Porfirio Faria, coordenador do curso de Tecnologia em Gestão de
TI do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o gestor deve
incentivar, motivar e valorizar o conhecimento técnico e profissional,
“permitindo um ambiente participativo, onde a opinião do coaborador seja
considerada”.
O
líder deve promover o desenvolvimento do time de forma alinhada às
necessidades do negócio, acrescenta Faria. Para Estevão, é preciso
assumir uma posição de articulador interno com vistas a evidenciar o
time. “Para chegar nessa posição, o gestor já tem cases de crescimento e
carreira. É preciso dar visibilidade para quem está em
desenvolvimento."
Dificuldades
A
pulverização da TI, com suas inúmeras áreas de expertise técnico, pode
ser um entrave para os funcionários e também para as empresas. Por um
lado, os novatos ficam com dificuldade de escolher determinada área para
focar seu crescimento, por outro, a empresa cobra dos candidatos uma
série de competências que seus próprios recrutadores não necessariamente
entendem. “Por exemplo, para contratar um arquiteto SOA, a pessoa deve
conhecer a suíte Oracle, BPEL, orquestração... é uma sopa de letras que o
RH pode não dominar. Nesses casos, falta alinhamento entre o CIO e o
departamento de recursos humanos”, defende Estevão.
Para
enfrentar problemas com atuais funcionários que podem não apresentar o
perfil desejado, o especialista também recomenda que a empresa analise
seu processo seletivo para verificar se o recrutamento está no caminho
certo. “É interessante checar as fontes de candidatos que estão sendo
usadas, se são delas os principais talentos atraídos nos últimos três a
cinco anos”, sugere.
FONTE: IT FÓRUM.