Estudante de Ciência da Computação e mais cinco, são detidos pela PF. |
Seis estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) foram
detidos durante uma operação da Polícia Federal (PF) na terça-feira(02). A
polícia descobriu que eles invadiram o sistema da instituição para
alterar as notas durante um ano. O grupo foi indiciado por formação de
quadrilha e invasão de sistema informatizado e pode ser expulso da
universidade.
De acordo com o delegado-chefe da Polícia Federal de Uberlândia, Carlos Henrique Cotta D'Ângelo, há dois meses funcionários do centro de processamento de dados da UFU procuraram a delegacia diante da suspeita de que o sistema estava sendo invadido. Os peritos da PF estiveram no local. “Confirmaram que os sistemas foram invadidos nos últimos 12 meses e alteraram as notas de sete alunos. Ali já estava comprovado o crime, mas faltava descobrir quem era o autor disso”, explica o delegado. “Eles iam pelas redes do submundo da internet. Quando você ia pesquisar a máquina, batia endereços do leste europeu.”
Diante da situação, a Polícia Federal solicitou à Justiça mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra os estudantes que tiveram as notas alteradas. Ao todo, 12 mandados foram cumpridos nas cidades de Uberlândia e Uberaba, na chamada Operação Boletim. Seis estudantes foram localizados e ouvidos. “De fato no interrogatório todos eles confirmaram a fraude e imputaram a um deles a culpa. É um estudante de ciências da computação, ele já estava para se formar. Ele não tinha opção, ou formava ou era jubilado (perdia a vaga)”. Esse aluno contou que descobriu a brecha no sistema, alterou a própria nota e passou a alterar as dos colegas. “Ele não cobrou, disse que fazia por amizade”, explica D'Ângelo. Outros quatro alunos também estavam prestes a ter a vaga cancelada.
Durante o período, mais de 50 notas foram modificadas. Os demais estudantes são dos cursos de engenharia elétrica, direito e educação física. “Teve um que teve 14 notas alteradas. Foi aprovado em disciplinas que ele sequer botou o pé na sala de aula. Um estudante de direito pediu para mexer na nota de ética”, detalha o delegado-chefe da PF em Uberlândia. Os seis alunos foram liberados após os depoimentos. Eles vão responder por formação de quadrilha e invasão de sistema informatizado, cuja pena pode chegar a quatro anos. O sétimo envolvido está em um intercâmbio na Europa e por isso não foi ouvido.
Por meio de nota, a Universidade Federal de Uberlândia disse que tomou conhecimento do ataque de hackers no início do ano, período correspondente ao final do segundo semestre letivo de 2014, e foi orientada pela PF a manter sigilo absoluto para não atrapalhar as investigações.
Às 7h de hoje, eles foram informados que a operação havia sido deflagrada, levando à constatação da fraude. “Também nesta manhã, a gestão da UFU se reuniu com os coordenadores dos três cursos para tomar os procedimentos administrativos cabíveis. Nessa reunião, decidiu-se que uma das medidas tomadas será reprovar os respectivos alunos, em todas as disciplinas cujas notas foram alteradas”, diz a nota. Ainda de acordo com a universidade, “a Comissão Permanente de Sindicância e Inquérito Administrativo (COPSIA) da UFU vai abrir um procedimento para detectar o grau de envolvimento de cada estudante, o que pode gerar de advertência até expulsão”.
De acordo com o delegado-chefe da Polícia Federal de Uberlândia, Carlos Henrique Cotta D'Ângelo, há dois meses funcionários do centro de processamento de dados da UFU procuraram a delegacia diante da suspeita de que o sistema estava sendo invadido. Os peritos da PF estiveram no local. “Confirmaram que os sistemas foram invadidos nos últimos 12 meses e alteraram as notas de sete alunos. Ali já estava comprovado o crime, mas faltava descobrir quem era o autor disso”, explica o delegado. “Eles iam pelas redes do submundo da internet. Quando você ia pesquisar a máquina, batia endereços do leste europeu.”
Diante da situação, a Polícia Federal solicitou à Justiça mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra os estudantes que tiveram as notas alteradas. Ao todo, 12 mandados foram cumpridos nas cidades de Uberlândia e Uberaba, na chamada Operação Boletim. Seis estudantes foram localizados e ouvidos. “De fato no interrogatório todos eles confirmaram a fraude e imputaram a um deles a culpa. É um estudante de ciências da computação, ele já estava para se formar. Ele não tinha opção, ou formava ou era jubilado (perdia a vaga)”. Esse aluno contou que descobriu a brecha no sistema, alterou a própria nota e passou a alterar as dos colegas. “Ele não cobrou, disse que fazia por amizade”, explica D'Ângelo. Outros quatro alunos também estavam prestes a ter a vaga cancelada.
Durante o período, mais de 50 notas foram modificadas. Os demais estudantes são dos cursos de engenharia elétrica, direito e educação física. “Teve um que teve 14 notas alteradas. Foi aprovado em disciplinas que ele sequer botou o pé na sala de aula. Um estudante de direito pediu para mexer na nota de ética”, detalha o delegado-chefe da PF em Uberlândia. Os seis alunos foram liberados após os depoimentos. Eles vão responder por formação de quadrilha e invasão de sistema informatizado, cuja pena pode chegar a quatro anos. O sétimo envolvido está em um intercâmbio na Europa e por isso não foi ouvido.
Por meio de nota, a Universidade Federal de Uberlândia disse que tomou conhecimento do ataque de hackers no início do ano, período correspondente ao final do segundo semestre letivo de 2014, e foi orientada pela PF a manter sigilo absoluto para não atrapalhar as investigações.
Às 7h de hoje, eles foram informados que a operação havia sido deflagrada, levando à constatação da fraude. “Também nesta manhã, a gestão da UFU se reuniu com os coordenadores dos três cursos para tomar os procedimentos administrativos cabíveis. Nessa reunião, decidiu-se que uma das medidas tomadas será reprovar os respectivos alunos, em todas as disciplinas cujas notas foram alteradas”, diz a nota. Ainda de acordo com a universidade, “a Comissão Permanente de Sindicância e Inquérito Administrativo (COPSIA) da UFU vai abrir um procedimento para detectar o grau de envolvimento de cada estudante, o que pode gerar de advertência até expulsão”.