domingo, 28 de junho de 2015

Doutor em Informática explica como se dar bem na área de Tecnologia da Informação.

Leandro Marzulo seguiu a área acadêmica e hoje é professor adjunto
Leandro Marzulo seguiu a área acadêmica e hoje é professor adjunto da Uerj
Com um mercado que só cresce, a Tecnologia da Informação está em todas as listas de profissões mais promissoras do Brasil e com maior demanda de profissionais. Segundo os dados da Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), o mercado de TI emprega hoje no país mais de 1,3 milhão de pessoas e tem uma tendência de crescimento de oferta na faixa de 30% até 2016. E o crescimento não deve parar por aí. Mas, para se destacar no mercado, a opinião de especialistas é a mesma: a qualificação é fundamental.

De acordo com o coordenador do curso de Ciência da Computação da Universidade Veiga de Almeida, Edgar Gurgel, com o alto número alto de profissionais de TI em atividade, a qualificação se torna o diferencial na hora de ingressar no mercado. Ter um curso de graduação amplia (e muito) os horizontes dos profissionais.

— O nível é o diferencial desse profissional. Se a ideia for galgar níveis mais altos na profissão e dentro das empresas, é preciso ter uma visão macro do setor. O curso superior oferece isso, amplia os horizontes. Depois, o aluno pode partir para uma pós-graduação, uma especialização — aconselha Gurgel.

O campo de trabalho dos profissionais de TI é quase ilimitado. O setor de TI deve terminar o ano como o sexto com mais investimentos no Brasil, de acordo com levantamento da International Data Corporation (IDC). Apesar de pequenas e grandes empresas absorverem a maior parte da mão de obra do setor, outras áreas promissoras têm atraído jovens profissionais, como a acadêmica.

Esse é o caso de Leandro Marzulo, de 32 anos. Graduado em Informática e Tecnologia da Informação pela UERJ, ele seguiu na vida acadêmica e hoje é doutor em Engenharia de Sistemas e Computação pela COPPE/UFRJ. Durante o doutorado, ele fez intercâmbio de 22 meses na Universidade do Porto, em Portugal, e voltou ao Brasil disposto a construir uma carreira na área de ensino. Hoje, Leandro é Professor Adjunto na UERJ, trabalhando com computação de alto desempenho.

— Ao final da graduação fui contratado como Analista de Sistemas Pleno em uma Multinacional. Entretanto, tomei a decisão de continuar estudando e larguei tudo para me dedicar ao mestrado na COPPE/UFRJ. Durante o mestrado, participei de conferências e atuei como professor substituto na UERJ, onde encontrei minha vocação: contribuir com a geração de conhecimento em Ciência da Computação, além formar profissionais de excelência na área — conta.

Aos jovens profissionais, o conselho que Leandro dá é que valorizem a experiência acadêmica.

Somente a universidade tem o potencial para fundamentar o conhecimento necessário ao longo da careira e moldar o jovem para que se torne um profissional autodidata. Para os recém-formados, meu conselho é valorizar o cliente, ouvir seus problemas e tentar atender suas reais necessidades. Vender projetos superficiais que resolvem pequenos problemas não darão destaque a nenhum profissional da área. É preciso usar os conhecimentos obtidos na universidade e estudar o negócio do cliente para oferecer soluções relevantes.

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