sexta-feira, 12 de junho de 2015

49 suspeitos de crimes digitais que resultaram em roubo de R$ 20 milhões são presos.

49 suspeitos de crimes digitais que resultaram em roubo de R$ 20 milhões são presos.
A Europol, serviço que une as agências policiais da Europa, realizou na terça-feira (9) uma grande operação que resultou na prisão de 49 suspeitos de participar de uma organização criminosa com atuação digital. O grupo teria sido responsável pelo roubo de mais de € 6 milhões – quase R$ 20 milhões – por meio de golpes realizados pela internet. 

Segundo informações oficiais, 58 locais foram alvo de batidas, que tiveram como efeito a detenção dos acusados e também o confisco de computadores, servidores e outros equipamentos eletrônicos. A ação, que foi realizada de forma simultânea na Espanha, Polônia e Itália, também contou com a participação de forças policiais da Bélgica e Reino Unido na coleta de informações, investigação e localização dos indivíduos.

De acordo com as autoridades, o roubo foi realizado “em um curto período de tempo” por meio de diversos métodos, todos voltados para a obtenção de acesso a informações confidenciais. Os clássicos links indevidos, enviados por e-mail e redes sociais, por exemplo, eram os mais comuns, garantindo que os crackers tivessem acesso às contas bancárias de suas vítimas.

Outra atuação envolvia a invasão de caixas de correio eletrônico em buscas de cobranças enviadas online. Usando métodos considerados arrojados pela polícia, os criminosos criavam notas falsas e solicitavam que os usuários realizassem o pagamento novamente, só que o dinheiro era desviado para contas controladas pelos próprios bandidos.

Além disso, parte da operação criminosa envolvia trabalhos de engenharia social focados nos próprios bancos europeus. Membros da quadrilha, utilizando credenciais roubadas ou falsificadas, se faziam passar por funcionários de forma a obter ainda mais acesso, alegando a necessidade de uma manutenção ou problemas para realizar uma determinada operação nos sistemas internos das instituições financeiras.

Depois, por meio de um sistema de lavagem de dinheiro, os  crackers eram capazes de fazer com que o dinheiro passasse por diversas fontes até parecer legítimo, sendo enviado para fora da União Europeia. Boa parte dos envolvidos no esquema são espanhóis, nigerianos e camaroneses que moravam em países do Velho Continente.

Fontes: Reuters, T-Online




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