Sistema ajuda a encontrar as melhores rotas em meio a destruição. |
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP), estão ajudando as vítimas do terremoto de Katmandu, no Nepal. Graças à internet, eles conseguem superar a distância de mais de 15 mil quilômetros e contribuem com o mapeamento das áreas afetadas pelo tremor. Em parceria com a Universidade de Heidelberg, na Alemanha, foi desenvolvido um novo sistema que orienta a melhor logística para que a ajuda humanitária possa fazer resgates, levar comida aos desabrigados e atender a população.
Na tarefa, o grupo utiliza a rede de mapeamento OpenStreetMap. Cada voluntário fica responsável por um quadradinho, o correspondente a uma área de um quilômetro quadrado, e, pelas imagens de satélite, consegue identificar casas, prédios e ruas, facilitando o trabalho de ativistas.
"Eles podem utilizar essa informação para verificar pontos específicos, qual o melhor caminho, se tem alguma área danificada", explicou o estudante Roberto Rocha.
Assim como Rocha, mais de 3 mil voluntários do mundo todo colaboram por meio da mesma ferramenta. Segundo o site que controla os acessos, mais de 2 mil são novos usuários que passaram a usar a rede especificamente para ajudar as vítimas do Nepal.
É o caso do Giovanni Di Luca, que recebeu um e-mail da universidade e decidiu se juntar ao grupo. "Essa sensação de poder ajudar outras pessoas sem receber nada em troca é muito boa", garantiu.
Tecnologia
Com base nos dados do programa de mapeamento, pesquisadores da (USP), em parceria com a Universidade de Heidelberg, na Alemanha, criaram um novo sistema. Com ele, é possível traçar rotas entre um ponto e outro e, se no caminho houver uma ponte quebrada ou uma estrada interditada, apresentar uma rota alternativa.
"Sem a informação dos mapas atualizados e detalhados, as equipes teriam que tomar decisões muito mais difíceis. Essas informações precisas ajudam principalmente nas decisões logísticas de, por exemplo, abastecimento, mantimentos para refugiados ou para pessoas que estão precisando de assistência médica. Saber onde está isso distribuído geograficamente no mapa e como chegar a esses locais com necessidade de atenção é uma das grandes vantagens que esses mapas digitais proporcionam", disse o professor João Porto de Albuquerque, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP.
O sistema deve ficar ainda mais preciso depois que novas imagens de satélite forem disponibilizadas, mas, enquanto isso não ocorre, vale a disposição dos voluntários de usar aquilo que sabem para ajudar os que mais precisam.
"Vai além da questão da computação em si porque o benefício gerado pelo projeto realmente chega à sociedade. Os problemas que esses desastres causam são enormes, afetam milhares de pessoas, então o que a gente puder ajudar já é de grande valia", afirmou o estudante Raul Castanhari.
Tragédia
O forte terremoto que devastou o Nepal no sábado (25) já deixou 6.204 mortos e 13.932 feridos, informa o último boletim oficial, divulgado nesta sexta-feira (1º) pelas autoridades locais.
De acordo com a ONU, oito dos 28 milhões de habitantes do Nepal foram afetados pela catástrofe, incluindo 1,7 milhão de menores.
O tremor, de magnitude 7,8, foi o mais mortífero dos últimos 80 anos no Nepal, e segundo especialistas da Cruz Vermelha, cidades e aldeias nos distritos mais atingidos perto do epicentro sofreram uma devastação quase total.
As pessoas na zona mais atingida "estão em uma situação desesperadora", revelaram os especialistas da Cruz Vermelha.
Na tarefa, o grupo utiliza a rede de mapeamento OpenStreetMap. Cada voluntário fica responsável por um quadradinho, o correspondente a uma área de um quilômetro quadrado, e, pelas imagens de satélite, consegue identificar casas, prédios e ruas, facilitando o trabalho de ativistas.
"Eles podem utilizar essa informação para verificar pontos específicos, qual o melhor caminho, se tem alguma área danificada", explicou o estudante Roberto Rocha.
Assim como Rocha, mais de 3 mil voluntários do mundo todo colaboram por meio da mesma ferramenta. Segundo o site que controla os acessos, mais de 2 mil são novos usuários que passaram a usar a rede especificamente para ajudar as vítimas do Nepal.
É o caso do Giovanni Di Luca, que recebeu um e-mail da universidade e decidiu se juntar ao grupo. "Essa sensação de poder ajudar outras pessoas sem receber nada em troca é muito boa", garantiu.
Tecnologia
Com base nos dados do programa de mapeamento, pesquisadores da (USP), em parceria com a Universidade de Heidelberg, na Alemanha, criaram um novo sistema. Com ele, é possível traçar rotas entre um ponto e outro e, se no caminho houver uma ponte quebrada ou uma estrada interditada, apresentar uma rota alternativa.
"Sem a informação dos mapas atualizados e detalhados, as equipes teriam que tomar decisões muito mais difíceis. Essas informações precisas ajudam principalmente nas decisões logísticas de, por exemplo, abastecimento, mantimentos para refugiados ou para pessoas que estão precisando de assistência médica. Saber onde está isso distribuído geograficamente no mapa e como chegar a esses locais com necessidade de atenção é uma das grandes vantagens que esses mapas digitais proporcionam", disse o professor João Porto de Albuquerque, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP.
O sistema deve ficar ainda mais preciso depois que novas imagens de satélite forem disponibilizadas, mas, enquanto isso não ocorre, vale a disposição dos voluntários de usar aquilo que sabem para ajudar os que mais precisam.
"Vai além da questão da computação em si porque o benefício gerado pelo projeto realmente chega à sociedade. Os problemas que esses desastres causam são enormes, afetam milhares de pessoas, então o que a gente puder ajudar já é de grande valia", afirmou o estudante Raul Castanhari.
Tragédia
O forte terremoto que devastou o Nepal no sábado (25) já deixou 6.204 mortos e 13.932 feridos, informa o último boletim oficial, divulgado nesta sexta-feira (1º) pelas autoridades locais.
De acordo com a ONU, oito dos 28 milhões de habitantes do Nepal foram afetados pela catástrofe, incluindo 1,7 milhão de menores.
O tremor, de magnitude 7,8, foi o mais mortífero dos últimos 80 anos no Nepal, e segundo especialistas da Cruz Vermelha, cidades e aldeias nos distritos mais atingidos perto do epicentro sofreram uma devastação quase total.
As pessoas na zona mais atingida "estão em uma situação desesperadora", revelaram os especialistas da Cruz Vermelha.