Garoto invadiu o sistema automotivo com facilidade. |
O garoto, que também não foi identificado, construiu sua própria placa
de circuito durante uma madrugada. No dia seguinte, o menino conseguiu
hackear facilmente o carro, destravando suas portas e acionando, de
forma remota, a ignição do veículo. O adolescente também ligou os
limpadores de para-brisa e o sistema de áudio. A invasão aconteceu durante uma competição de cibersegurança promovida
pela entidade de pesquisa em tecnologia da informação Battelle.
Anuja Sonalker, cientista chefe da organização, afirmou que esse foi um
"momento chave" para a indústria automotiva. "As montadoras que
participaram da competição perceberam 'Hum, a barreira para entrar era
bem menor do que imaginávamos'. Não é preciso ser um engenheiro. Você
pode ser uma criança com 14 dólares."
A notícia surge em um momento que a indústria automotiva e de
tecnologia está investindo pesado em carros conectados. No mês passado, a
Ford abriu um centro de pesquisas no Vale do Silício. O Google está
desenvolvendo um carro autônomo e especula-se que a Apple também esteja
criando um carro elétrico.
Segundo Sonalker, as principais ameaças aos carros conectados são
invasões, "sequestros", bem como malwares e roubos de dados de direção.
A pesquisadora considera que é uma "missão impossível" prevenir
completamente essas invasões e afirma que minimizar os danos e
consequências é crucial. Para isso, melhores sistemas e padrões de
detecção de invasões, além da cooperação entre governos e montadoras,
serão cruciais.
"Poderemos não acertar de primeira, mas uma cooperação entre diversos
agentes é a melhor forma de encarar esse problema", afirma Sonalker.