Escola de desenvolvimento de jogos Saga. |
Alessandro Bomfim, 37, protagonizou uma virada. De entregador de
panfletos de uma escola de informática no Rio de Janeiro, ele se tornou o
dono do negócio, modernizou as aulas e criou uma rede, a Saga, que
faturou R$ 24 milhões em 2014. Entre os cursos oferecidos estão
computação gráfica e desenvolvimento de games.
Antes, ele foi office-boy, entregador de pizza, balconista, auxiliar de serviços gerais, entre outros bicos que o ajudavam a sobreviver enquanto lutava pelo sonho de se tornar cantor de funk. Mas foi distribuindo panfletos, em 1997, que as portas se abriram. Ganhando R$ 10 por dia como freelancer, ele já se destacava ao atrair muitos alunos e foi chamado para integrar a equipe fixa da escola. Como queria ter liberdade de horário para poder levar suas músicas às rádios, recusou a proposta. Mas, cerca de um ano depois, sem resultados no mundo da música, resolveu se dedicar mais ao emprego e aceitou o cargo de vendedor externo. Com bom desempenho, logo virou gerente de vendas e, depois, gerente-geral da escola.
À frente da gestão, sentia necessidade e vontade de promover mudanças. "Eu dava várias sugestões, principalmente no perfil dos cursos, mas os donos não aceitavam, eram muito fechados", afirma.
Primeira medida como patrão foi abolir aulas de Power Point.
Antes, ele foi office-boy, entregador de pizza, balconista, auxiliar de serviços gerais, entre outros bicos que o ajudavam a sobreviver enquanto lutava pelo sonho de se tornar cantor de funk. Mas foi distribuindo panfletos, em 1997, que as portas se abriram. Ganhando R$ 10 por dia como freelancer, ele já se destacava ao atrair muitos alunos e foi chamado para integrar a equipe fixa da escola. Como queria ter liberdade de horário para poder levar suas músicas às rádios, recusou a proposta. Mas, cerca de um ano depois, sem resultados no mundo da música, resolveu se dedicar mais ao emprego e aceitou o cargo de vendedor externo. Com bom desempenho, logo virou gerente de vendas e, depois, gerente-geral da escola.
À frente da gestão, sentia necessidade e vontade de promover mudanças. "Eu dava várias sugestões, principalmente no perfil dos cursos, mas os donos não aceitavam, eram muito fechados", afirma.
Primeira medida como patrão foi abolir aulas de Power Point.
Em 2002, ele se juntou a dois amigos --um deles, sócio-investidor-- e
fez uma oferta para comprar a escola. O investimento na época foi de
cerca de R$ 90 mil, mais o pagamento de algumas dívidas da empresa. Sua
primeira ação como dono foi abolir o curso genérico de informática, que
ensinava a usar programas como Power Point e Excel, e criar o de
computação gráfica, mais especializado.
"Era uma linha totalmente diferente do que o mercado nacional estava aplicando naquele momento", declara. A estratégia se mostrou correta e logo Bomfim inaugurou filiais em São Gonçalo (RJ) e em São Paulo (SP).
Em 2009, atento ao mercado internacional, ele identificou outra tendência: ensinar mais embasamento artístico, não apenas a mexer nas ferramentas. "Comecei a implementar isso, mas percebi que exigiria uma grande reformulação dos cursos. Então, resolvemos mudar tudo, inclusive o nome da escola, para virar, de fato, uma escola de arte digital", declara. Hoje, a Saga oferece cursos de computação gráfica, de desenvolvimento de jogos em 3D, de maquetes eletrônicas e de personagens 3D. As mensalidades variam de R$ 270 a R$ 550. Há unidades em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Guarulhos (SP), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Embora forme mão de obra para o mercado, 99% dos alunos são adolescentes entre 13 e 16 anos interessados no mundo digital, segundo Bomfim. Mais de 12 mil alunos já passaram pela escola. Desde 2011, a Saga tem parceria com a Gnomon School of Visual Effects, escola de efeitos especiais de Hollywood.
"Era uma linha totalmente diferente do que o mercado nacional estava aplicando naquele momento", declara. A estratégia se mostrou correta e logo Bomfim inaugurou filiais em São Gonçalo (RJ) e em São Paulo (SP).
Em 2009, atento ao mercado internacional, ele identificou outra tendência: ensinar mais embasamento artístico, não apenas a mexer nas ferramentas. "Comecei a implementar isso, mas percebi que exigiria uma grande reformulação dos cursos. Então, resolvemos mudar tudo, inclusive o nome da escola, para virar, de fato, uma escola de arte digital", declara. Hoje, a Saga oferece cursos de computação gráfica, de desenvolvimento de jogos em 3D, de maquetes eletrônicas e de personagens 3D. As mensalidades variam de R$ 270 a R$ 550. Há unidades em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Guarulhos (SP), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Embora forme mão de obra para o mercado, 99% dos alunos são adolescentes entre 13 e 16 anos interessados no mundo digital, segundo Bomfim. Mais de 12 mil alunos já passaram pela escola. Desde 2011, a Saga tem parceria com a Gnomon School of Visual Effects, escola de efeitos especiais de Hollywood.
Concorrência e dólar alto são desafios atuais
Embora tenha alcançado o sucesso, a saga de Bomfim continua. Hoje seus
desafios são a concorrência e o dólar alto. "O mercado hoje está mais
difícil, por isso, procuramos sair do tradicional eixo Sul-Sudeste.
Temos duas unidades no Nordeste e pretendo abrir uma na região Norte.
Como trabalhamos com softwares originais e importados, sofremos com a
alta do dólar", diz. Para o especialista em inovação Valter
Pieracciani, sócio da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, o ramo
exige que o negócio se reinvente o tempo todo para acompanhar as
mudanças tecnológicas e econômicas. Segundo ele, uma oscilação do
mercado pode fazer as famílias cortarem gastos extras com cursos
extracurriculares. "Frases como 'em time que está ganhando não
se mexe' e 'sempre fizemos assim e funcionou' devem ser abolidas do
mundo dos negócios. Hoje, as empresas aprendem fazendo. Se fizer bem
feito e o cliente perceber valor naquilo, ele vai pagar."