Betsy Davis conseguiu invadir quem estive conectado. |
No experimento, Betsy Davis, uma pequena fã de tecnologia que vive em
Londres, conseguiu infiltrar a rede wi-fi em apenas dez minutos e 54
segundos, depois de algumas buscas no Google e de ler um tutorial na
internet, afirmou a companhia, Hide My Ass.
"A imagem de cibercriminosos escondidos em um quarto escuro em lugares
afastados do mundo é antiquada", disse Cian McKenna-Charley, porta-voz
da empresa.
"É mais provável que eles estejam sentados ao seu lado no bar ou na
biblioteca pública. Se uma criança pode hackear tão facilmente uma rede
wi-fi em poucos minutos, imagine o dano que pode causar um hacker
profissional e com intenções criminosas."
'Brincadeira de criança'
Para o hacker profissional Marcus Dempsey, que analisa a segurança de redes empresariais, os resultados do experimento são "preocupantes, mas não surpreendentes".
Para o hacker profissional Marcus Dempsey, que analisa a segurança de redes empresariais, os resultados do experimento são "preocupantes, mas não surpreendentes".
"Sei como é fácil para qualquer pessoa entrar no dispositivo de um
estranho. E numa época em que as crianças costumam saber mais de
tecnologia que adultos, hackear pode ser literalmente uma brincadeira de
criança."
Os pontos de acesso público à internet, os chamados hotspots, são redes
presentes em bares, hotéis, restaurantes, edifícios públicos ou em
áreas abertas das cidades, como parques.
Quando são pouco protegidas, os hackers conseguem acessar os dados
transmitidos através dessas conexões - por exemplo, de usuários que
entram em seu perfil em redes sociais ou se comunicam com seu banco.
Betsy aprendeu a estabelecer um ponto de acesso como o usado por
hackers para realizar os chamados ataques "homem no meio", nos quais é
possível ler e modificar as mensagens entre duas partes sem que nenhuma
delas perceba.
No ano passado, o Parlamento Europeu teve que desconectar seu sistema público de wi-fi depois de ser alvo de um desses ataques.
Cuidados
Muitos dos milhões de pontos públicos de wi-fi no mundo exigem apenas um nome de usuário e uma senha para serem acessados.
Muitos dos milhões de pontos públicos de wi-fi no mundo exigem apenas um nome de usuário e uma senha para serem acessados.
Especialistas como Dempsey recomendam que usuários evitem escrever
informações pessoais e senhas quando conectadas a essas redes.
Também lembram que é importante ensinar às crianças sobre os perigos da
internet e educá-las eticamente sobre a troca de dados online.
"Tão fácil quanto aprender a codificar para criar um jogo de computador é cair no mundo obscuro dos hackers", afirma Dempsey.