segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Até 2020, Brasil precisará de 1,3 milhão gerentes de projetos.

Foto: Gazeta do Povo.
Fazer um projeto é relativamente fácil. Difícil mesmo é tirá-lo do papel com eficiência, administrando custos, tempo, riscos e, principalmente, pessoas. Equilibrar todas essas variáveis é a “praia” do gerente de projetos, um profissional em ascensão nas empresas de todo o mundo.

Até 2020, devem ser criados mais de 13 milhões de postos para gerentes de projetos em todo o mundo, segundo estimativa do Project Management Institute (PMI), associação que certifica os profissionais da área. O Brasil é o quinto país que mais vai demandar esses profissionais nos próximos sete anos, quando 1,3 milhão de novos postos devem ser abertos no país, que tem uma lista extensa de projetos importantes na fila para serem executados nos próximos anos.

Segundo Thiago Sebben, head da consultoria de recrutamento Hays em Curitiba, as empresas não estão atrás de profissionais essencialmente técnicos. Mais importante, segundo ele, é o conhecimento em metodologia de desenvolvimento de projetos e a certificação na área, que é bastante valorizada pelas companhias.

A demanda do mercado também já é sentida nas salas de aula, onde a procura por qualificação na área aumentou consideravelmente. Apesar de uma pequena predominância dos profissionais vindos das engenharias, o professor Luis André Fumagalli, coordenador do curso de Gestão de Projetos da Faculdade de Administração e Economia (FAE), tem turmas bastante heterogêneas com alunos formados em diversas áreas como design, TI, educação, turismo. Para Fumagalli, isso mostra que há oportunidades para profissionais com habilidades para gerenciar projetos em todas as áreas. Mas é preciso ter uma visão sistêmica da empresa e dominar as ferramentas de gerenciamento, o que inclui lidar com pessoas. “Percebemos que tem muita gente com bom conhecimento técnico, mas que não consegue trabalhar em equipe, envolver e motivar as pessoas”, afirma o professor.

Salários
Os gerentes de projeto ganham ainda mais importância em um cenário no qual as empresas precisam ser mais produtivas com menos recursos. A compensação por tamanha responsabilidade está na boa remuneração. De acordo com o Guia Salarial 2013 da Hays em parceria com o Insper, os salários podem variar de R$ 12 mil a R$ 25 mil de acordo com a senioridade do profissional e área de atuação da empresa. “Dependendo do segmento, os salários podem subir ainda mais. Por exemplo, profissionais seniores com foco em grandes obras de infraestrutura estão em alta no mercado neste momento. Seus salários podem chegar a R$ 35 mil”, diz Sebben.






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