Campina Grande,
que chega aos 150 anos no sábado (11), é um dos mais de 70 pólos
tecnológicos do país e dona de um dos cursos de Ciências da Computação
mais bem avaliados pelo Enade/MEC. A cidade exporta profissionais de
tecnologia da informática para trabalhar em empresas como Microsoft e
Google, atraem investimentos de multinacionais em projetos de pesquisa e
é referência regional na área de tecnologia.
Segundo o professor e coordenador do curso de Computação da UFCG,
Leandro Balby Marinho, o perfil de referência internacional em
Tecnologia da Informação é reforçado pelos 15 laboratórios existentes na
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), pelas parcerias do curso
de Ciência da Computação com empresas multinacionais como Sony, HP e
AOC, que favorece um investimento aproximado de R$ 6 milhões anuais em
pesquisas na universidade; e pelas mais de 100 empresas da área
instaladas somente em Campina Grande, de acordo com a Fundação Parque
Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB).
Os alunos egressos da UFCG têm se destacado em empresas e instituições
fora da Paraíba e fora do país, ainda conforme Balby Marinho. Segundo
ele, a empregabilidade dos egressos é de 100% na área. "Dada a alta
qualidade dos profissionais formados no curso, é comum que grandes
empresas, como a Microsoft por exemplo, enviem 'caça talentos' à UFCG
para recrutar estagiários e profissionais da área", comentou.
Conceito de mais de 50 anos
Leandro Balby Marinho explica também que a consolidação do conceito de centro tecnológico da Paraíba teve início em 1970, quando Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, reitor da UFPB na época e posteriormente presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), investiu na formação de professores na cidade, atraindo pessoas de todas as partes do país.
Leandro Balby Marinho explica também que a consolidação do conceito de centro tecnológico da Paraíba teve início em 1970, quando Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, reitor da UFPB na época e posteriormente presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), investiu na formação de professores na cidade, atraindo pessoas de todas as partes do país.
“Ele foi responsável pela atração de boa parte das pessoas que vieram
para Campina Grande, muita gente veio do ITA. Por possibilitar a
capacitação de professores e pesquisadores em universidades
estrangeiras, como por exemplo com a CIDA, no Canadá, e com a JICCA, no
Japão. Além disso, foi responsável por implantar em Campina Grande, na
década de 1980, o primeiro PaqTc do Brasil”, detalhou. O ponto
culminante do incentivo de Lynaldo Cavalcanti foi a instalação na UFCG
do primeiro computador em uma universidade das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, na década de 1960.
O estímulo dado na segunda metade do século XX se transformou em
desenvolvimento de políticas na área de tecnologia no início do XXI. A
diretora-geral executiva do PacTcPB, Francilene Procópio Garcia,
ressaltou que o projeto de Incubadora Tecnológica de Campina Grande
(ITCG), voltado a estimular a abertura de empresas de ex-alunos da UFCG,
e a instalação de grandes empresas do mercado na cidade são
impulsionados com os novos incentivos.
“Os incentivos são de várias origens. A disponibilidade de áreas
privilegiadas para implantação da empresas, a CITTA já está em operação;
a redução do ISS, cerca de 50% em vigor para Campina Grande); o crédito
facilitado para contratação junto à FINEP; o Fundo de Capital
Empreendedor para investimentos nas empresas são apenas alguns estímulos
na área desenvolvidos em parceria com o PacTCPB”, detalhou.
Segundo dados do programa Farol Digital, a Paraíba reúne cerca de 400 empreendimentos atuando no setor de Tecnologia da Informação, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras. Francilene Procópio arremata afirmando que a integração das universidades com as empresas locais é o diferencial do polo tecnológico campinense.
Segundo dados do programa Farol Digital, a Paraíba reúne cerca de 400 empreendimentos atuando no setor de Tecnologia da Informação, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras. Francilene Procópio arremata afirmando que a integração das universidades com as empresas locais é o diferencial do polo tecnológico campinense.
"Podemos afirmar que Campina Grande sedia um polo tecnológico que
promove uma base produtiva diferenciada e mais competitiva no Estado e
no país, cujos produtos ou serviços gerados são bem posicionados no
mercado local e no exterior. É importante ainda acrescentar que os
laboratórios de Pesquisa & Desenvolvimento" das universidades
possuem conexões com instituições internacionais e projeta Campina
Grande mundialmente", concluiu a diretora-geral do PaqTCPB.