segunda-feira, 17 de março de 2014

Startup de educação é selecionada pela Seed, dois dos 4 criadores são formados em Sistemas de Informação.

Até onde um grupo de amigos reunidos na praça de alimentação de um shopping pode chegar com uma ideia? Foi nesse cenário que quatro joinvilenses começaram, sem grandes pretensões, a planejar uma empresa. Hoje, Mayara Martins Sakata, de 23 anos; André Guimarães Sakata, de 22; Leonardo Salomão dos Reis, também de 22; e Carlos Eduardo Justino, de 24, vivem a realidade de serem empreendedores.
O projeto criado pelo quarteto, a Playdea, plataforma interativa na qual professores utilizam o conteúdo de sala de aula para potencializar o aprendizado dos alunos a partir de jogos, foi selecionado pelo Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed), ou Desenvolvimento do Ecossistema de Empreendedorismo e Startups, um programa de aceleração de novos negócios criado pelo governo de Minas Gerais.
Com exceção de Leonardo, que já tinha um intercâmbio marcado para a Islândia, os jovens se mudaram para Belo Horizonte. Durante seis meses, eles ficarão focados na avaliação de estratégias de mercado e público-alvo e na construção dos primeiros protótipos para a aplicação da plataforma.
A conquista é para poucos. Ao lado da Playdea, apenas outras 39 startups, selecionadas entre 1.367 projetos de 32 países – como Estados Unidos, Itália, Bolívia, Espanha, Uruguai, França e México – terão acesso a recursos financeiros para desenvolver melhorias nos produtos, além de receberem orientação de especialistas.
União de talentos
Todos os integrantes da Playdea são recém-formados. Mayara é publicitária e casada com André, graduado em sistemas de informação, assim como Leonardo. Já Carlos Eduardo é designer gráfico.
A trajetória do quarteto teve início quando decidiram participar do Startup SC, programa do Sebrae-SC para desenvolver e fortalecer pequenos negócios com potencial de crescimento. Entusiasmados com a experiência, estruturaram melhor a ideia da plataforma internativa e arriscaram a inscrição no Seed.
A seleção para o projeto transformou a vida dos jovens: em um prazo de cinco dias, eles precisaram organizar tudo para partir para Belo Horizonte. De acordo com Mayara, o grande desafio para conseguir a classificação para o programa foi provar a relevância do projeto, mostrando o potencial de negócio e a sua viabilidade técnica.
Como funciona
A Playdea (www.playdea.com.br) é uma plataforma que busca estimular o aprendizado dos alunos em sala de aula por meio de jogos interativos. O nome do projeto é uma junção da palavra inglesa play (que significa jogar, brincar) com a palavra grega paideia, que designa o resultado do processo educativo de formação. A proposta é quebrar o modelo tradicional de ensino, baseado em aulas expositivas que, muitas vezes, não despertam o interesse dos estudantes.
De acordo com Mayara, a união entre ensino e diversão incentiva o aprendizado e contribui para a fixação do conteúdo. Tudo começa com o professor, que acessa a plataforma por meio de uma conta com login e senha. Ele seleciona a sua disciplina e cria o desafio que quiser. A partir de então, cabe aos alunos, que podem interagir entre si, acumularem pontos e passarem de níveis, vencendo os desafios.
— É uma ferramenta em que todos que estiverem interagindo terão papel importante. O professor, com propostas, desafios e atividades; os alunos, em participar e avançar os níveis; e os pais, que têm a possibilidade de acompanhar o andamento das tarefas de maneira simples e rápida por meio de relatórios mensais — esclarece Mayara.
Próximos passos
Hoje, a plataforma ainda funciona como um protótipo. O usuário que tiver interesse pode se cadastrar e utilizar as ferramentas gratuitamente durante 30 dias. De acordo com Mayara, o modelo de receita, em princípio, funcionará por conta. Se um professor for usar o Playdea para uma turma de 50 alunos, por exemplo, a escola deve pagar por cada um deles. O valor, no entanto, é praticamente simbólico: apenas R$ 0,99, incluindo a conta do professor.
A partir de agora, os jovens empreendedores joinvilenses pretendem criar um modelo de negócio sustentável e até mesmo se tornar referência neste tipo de mercado, com traduções da plataforma para o inglês e o espanhol. A meta é colocar a ferramenta em 12 escolas até o fim deste ano. Outra missão é correr atrás de parcerias e consolidar a ideia de transformar as salas de aula em ambientes produtivos.
— Queremos que a Playdea seja divulgada para os alunos de ensino médio — afirma Mayara.
Via: Clicrbs




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> Fundada em 13 de Outubro de 2011
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