Em 2013, o país já viveu um apagão de profissionais de TI. Segundo o balanço da Brasscom, foram 56 mil contrações para apenas 32 mil formações, um déficit de 24 mil.
Além disso, muitas empresas acabam importando mão de obra de outros países. São Paulo é o estado com a situação mais crítica. Em 2013, 35,4 mil vagas foram abertas, enquanto apenas 14,4 mil foram formadas. Este ano, a previsão é que a situação piore: serão abertas 50,7 mil vagas, enquanto apenas 15 mil serão formados naquele estado.
Para continuar crescendo em ritmo forte, as empresas do ramo têm se adaptado, deixando de exigir diploma de níveis técnico e superior e solicitando certificações internacionais específicas criadas pelo próprio mercado. “As empresas vão buscar qualificações específicas, como PMI e Itil, que são fornecidos por grandes empresas detentoras de tecnologia e atestam a capacidade de utilizar ferramentas de gestão de projetos, por exemplo”, explicou o diretor da Brasscom. Sgobbi lembra, no entanto, que isso não é o suficiente.
“Foi uma forma de o mercado se adaptar, mas não anula a necessidade de fazermos um esforço conjunto para formar mais mão de obra”, disse.
Em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, há a necessidade de profissionais em todos os níveis hierárquicos. “Em termos de quantidade, os profissionais de nível técnico são aqueles que nós mais necessitamos”, afirmou Sgobbi. “São as carreiras de entrada, como programadores, desenvolvedores, manutenção de sistemas, help desk, suporte, monitoramento de infraestrutura”.
Entretanto, ele acrescenta que também há um déficit considerável em cargos de gerência, com conhecimentos aprofundados em ferramentas de gestão de projetos, por exemplo.